O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) detonou o governador Mauro Mendes (União Brasil) em live semanal no Facebook na terça-feira (08). Ele se colocou como opção do grupo político dele para ser candidato ao governo de Mato Grosso em oposição à gestão estadual junto ao nome do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB).
A partir de 15 de março, Emanuel Pinheiro vai deixar a Prefeitura de Cuiabá e tirar férias de 14 dias para se dedicar a articulação política. Ele retorna ao cargo em 28 de março, cinco dias antes do fechamento da janela partidária para a troca de partido.
O maior motivo para eu não ser candidato a governador é Cuiabá. E o maior motivo para eu ser candidato a governador é Cuiabá. Não podemos entregar o estado na mão de pessoas descompromissadas, desconectadas da realidade pujante que vive Mato Grosso e que vivem apenas para seu umbigo. Então eu não consigo aceitar, então estou colocando o meu nome ao lado do Nilson Leitão”, disse o prefeito na transmissão ao vivo.
Emanuel disse que o grupo político a qual pertence realizou duas reuniões na semana passada, uma delas com a presença do senador Wellington Fagundes (PL). Embora todas as lideranças insistissem na candidatura de Fagundes ao Governo, o senador não se empolgou e deseja disputar a reeleição. A decisão dele foi respeitada e por isso, outros nomes passaram a ser colocados em discussão.
“Esse grupo se formou naturalmente e não concorda com Mato Grosso sendo administrado por uma panelinha que não conhece as necessidades da população. Um grupo político que não entende o isolamento do atual governo de todos os segmentos da sociedade, que não dialoga, age com arrogância, prepotência, de goela abaixo e não tem uma política social sequer que possa diminuir esse poço de exclusão social. É inadmissível Mato Grosso ser um estado rico com um povo pobre, é inadmissível o governo propagar que as contas estão no azul enquanto o povo está esgoelado com as contas no vermelho”.
Definição da candidatura
O prefeito disse que durante as férias e na construção do projeto político vai dialogar com a classe política, servidores públicos do estado e do município, e com a sociedade organizada para a tomada da decisão se será ou não candidato, de fato.
Quero procurar o Fórum Sindical, que foi fundamental nas minhas duas eleições a prefeitura de Cuiabá. Vocês estão satisfeitos com o que está aí? A maior perseguição e derrocada da história de direito dos servidores públicos? Quero falar com o nosso exército da prefeitura. Nossos servidores sabem o carinho, respeito e o amor que são tratados, por isso Cuiabá está mudando. Um canteiro de obras, de ações e realizações. Desejo os servidores ao meu lado, nem atrás e nem a minha frente, do meu lado”.
Emanuel também disse que vai buscar o setor produtivo, a Fecomércio, CDL, as indústrias, empresários, além das lideranças políticas que queiram conversar.
“Quero conversar com os nossos prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, deputados federais, senadores se estão satisfeitos com o tratamento que está sendo dado. É isso que vocês querem para Mato Grosso? Essa arrogância, que olha todo mundo de cima para baixo, essas decisões vieram para sacrificar a sociedade, que está aniquilando o poder de compra do trabalhador, que está sacrificando o setor produtivo que não aguenta mais pagar o governo que implantou o maior número de taxação da história”.
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