Clubes de MS realizam assembleia para alterar estatuto e novo presidente da FFMS pode ser decidido

Nesta quinta-feira (12), acontece uma assembleia-geral extraordinária entre os clubes filiados a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) que propõe a reforma do Estatuto Social e a eleição de um novo presidente para a entidade. A reunião ocorre no Hotel Internacional, em Campo Grande.

A sucessão no comando da entidade máxima do futebol local se arrasta desde junho deste ano, quando os clubes, também em assembleia, decidiram que novas eleições deveriam ser realizadas ainda em 2024.

Uma votação até foi agendada para 1° de novembro de 2024, mas suspensa pelo TJD-MS (Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul) sob a justificativa de que os prazos previstos nos editais para a divulgação das candidaturas não haviam sido respeitados.

Impasse em data de eleição

Agora, os clubes correm contra o tempo para realizar as eleições, enquanto o presidente interino da federação, Estevão Petralas, defende que ela seja realizada apenas após o estadual de 2025.

“Primeiro precisamos reformar o estatuto, e segundo, ter a desconstituição que já aconteceu. E o terceiro momento é a eleição. Acho uma estupidez marcar a eleição agora, há menos de dez dias de uma época natalina, que vai impactar de forma negativa na competição profissional, que acontece em 18 de janeiro. A minha proposta é que nós apresentemos. Vamos trabalhar para as eleições ocorram em 8 de abril. Caso for contrário, a gente entende que é um movimento democrático, e claramente cada um vai manifestar o seu interesse. Meu interesse, com os funcionários da Federação, com os meus vice-presidentes, é fazer com que o futebol vote para os trilhos”, pontua Petralas.

Apesar de ser contrário a realização das eleições em 2024, o atual presidente afirma que colocará seu nome à disposição em candidatura.

Peso de votos

André Baird, presidente do Costa Rica, responsável pela assembleia, aponta que o pedido ocorreu por achar “desrespeitoso com os outros candidatos” a demora em realizar uma nova assembleia, visto que uma eleição já havia sido agendada para 2024.

“O que a gente quer hoje aqui é democratizar o processo. Que depois de 27 anos a gente possa ter um presidente eleito pelo voto da maioria. Quem ganhar, a gente deve abraçar esse e remar juntos, sempre pela mesma direção. Porque da forma que está, como as coisas estão acontecendo, o nosso futebol entra num descrédito ainda maior. Eu acho que não é um futuro bom para a nossa federação e para o futebol”, explica.

Baird afirmou que, caso seja aprovada a realização de eleição ainda nesta quinta, colocará seu nome na lista de candidatos.

“Estou brigando pela eleição porque é o que eu acho correto, o que eu acho que está dentro do princípio democrático que eu tanto defendo. Mas se a maioria definir que não, eu aceito também. Processo democrático a gente deve aceitar e existem regras, existe um estatuto a ser cumprido, então vamos seguir conforme a vontade da maioria”, acrescenta.

Uma preocupação levada para assembleia são os pesos de voto dos clubes, que mudariam com a virada do ano. Caso a votação siga os pesos de votos previstos para as assembleias gerais da entidade, os clubes profissionais na Série A terão voto de peso 3, enquanto os clubes profissionais de outras divisões terão peso 2; já os clubes amadores e ligas terão voto de peso 1.

É exatamente isso que André defende. “A gente tem que fazer as eleições no ano que foi chamada a eleição para as coisas acontecerem com transparência, porque transparência é o que falta no nosso futebol e é o que a gente precisa construir para ter daqui para frente, independente de quem vês, desde que seja democraticamente eleito”, pontua.

Lista de candidatura

Ainda não há uma lista com as candidaturas, porém a lista preliminar divulgada para a assembleia que ocorreria em 1° de novembro, indicava os seguintes nomes: