Com aparições de onças-pardas em áreas rurais do DF, saiba como proceder para proteger animais de criação e propriedades

Pegadas incomuns no terreno, inquietação entre os cavalos e um barulho estranho, parecido com um ronronado, despertaram a atenção da aposentada e bióloga Sandra Gorayeb, moradora do Núcleo Rural Córrego do Palha, no Lago Norte. Experiente na vida rural, ela suspeitou que os sinais indicavam a presença de um animal silvestre nas proximidades — o que se confirmou dias depois com o avistamento de uma onça-parda adulta acompanhada de dois filhotes na região.
Preocupada com a segurança de seus cavalos e da propriedade, Sandra colocou em prática uma série de ações recomendadas pelo Instituto Brasília Ambiental, vinculado à Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF), para afastar os felinos. Entre as medidas, estão a instalação de cercas elétricas, luzes com sensor de movimento, bombinhas, sacos de ração vazios pendurados nas cercas e até piscas-piscas em pontos estratégicos.
“Os cavalos estavam agitados, e as araras sumiram. Comecei a ouvir sons na mata e imaginei que fosse uma capivara. Depois, soube que era mesmo uma onça”, relatou. “Desde 1980 vivemos aqui e nunca vi um rastro desses. Precisei aumentar a cerca e colocar arame farpado em árvores, porque a onça pula até quatro metros e sobe com facilidade.”
Segundo Marina Motta, agente de Unidade de Conservação do Brasília Ambiental, os cuidados adotados por Sandra são eficazes para evitar ataques não só de onças-pardas, mas também de outros animais silvestres, como quatis e cachorros-do-mato, comuns em áreas rurais próximas a unidades de conservação.
“As onças são predadores de emboscada, e seus vestígios são quase imperceptíveis. Por isso, o monitoramento e a prevenção são essenciais, principalmente à noite”, explica Motta. Ela destaca que o Núcleo Rural está em uma área de ligação entre importantes fragmentos de cerrado e que a presença desses animais é natural.
Para reforçar o monitoramento, o instituto instalou três armadilhas fotográficas com sensores de movimento que operam 24 horas por dia. As imagens são revisadas semanalmente em busca de registros da onça-parda e de seus filhotes. “Estamos acompanhando a movimentação para compreender o comportamento da espécie e reduzir possíveis conflitos com a população local”, disse.
A agente ambiental reforça que as onças oferecem risco mínimo aos seres humanos e não devem ser perseguidas ou caçadas. A prática é considerada crime ambiental, conforme o artigo 29 da Lei nº 9.605, e prevê detenção de seis meses a um ano, além de multa.
“A fauna silvestre presta serviços essenciais ao meio ambiente, como a dispersão de sementes e a proteção das nascentes de água. Cada espécie tem uma função ecológica única. Por isso, é necessário aprender a conviver com esses animais”, concluiu Marina Motta.

-

Clique abaixo e veja também
Proteção Anti DDOS. Para seu website
Servidor dedicado no Brasil. Personalizado conforme você precise.
Servidor VPS no Brasil. Personalizado conforme você precise.
Hospedagem compartilhada para seus projetos online
Hospedagem Claud para seus projetos online
Hospedagem VPS. Para seus projetos online
Visualizações reais em seus vídeos do youtube
Pessoas reais na minha live do youtube
Assessoria para canais no youtube
-
-



