Crise tarifária entre EUA e China reacende temores no mercado global e ameaça cadeias de suprimento

Mundo – O clima entre Estados Unidos e China voltou a esquentar e acendeu um alerta no mercado financeiro global. Em uma resposta direta às recentes declarações do presidente norte-americano Donald Trump, o governo chinês alertou nesta terça-feira (8) que retomadas de tarifas contra seus produtos podem colocar a trégua comercial em risco e resultar em retaliações a países que cooperarem com os EUA para enfraquecer a posição chinesa nas cadeias globais de suprimento — o que inclui o Brasil.
A tensão ocorre menos de um mês após Washington e Pequim chegarem a um acordo preliminar em junho que havia restaurado, ainda que de forma frágil, a esperança de estabilidade comercial. Porém, sem detalhes concretos, investidores seguem cautelosos e o risco de colapso da trégua voltou a ser precificado nos ativos globais.
Na segunda-feira (7), Trump iniciou o envio de notificações a parceiros comerciais sobre a elevação de tarifas a partir de 1º de agosto, retomando a retórica agressiva que marcou sua primeira gestão. O republicano também ameaçou com tarifas de 10% países que se alinhem ao bloco do Brics — o que aumentou a tensão no Brasil, China, Rússia, Índia e outros membros.
Em editorial publicado nesta manhã, o jornal estatal People’s Daily, por meio da assinatura “Zhong Sheng” (expressão usada para manifestar a voz oficial da diplomacia chinesa), classificou a postura dos EUA como “intimidação” e defendeu que “diálogo e cooperação são a única trajetória correta”.
Segundo o texto, “a prática provou que apenas mantendo firmemente posições de princípio é possível proteger verdadeiramente os direitos e interesses legítimos de um país”.
Tarifas em alta e impacto global
Hoje, a tarifa média imposta pelos Estados Unidos às exportações chinesas está em 51,1%, enquanto a China cobra em média 32,6% sobre produtos americanos, segundo dados do Instituto Peterson para Economia Internacional. Ambos os lados já impõem tarifas sobre praticamente todos os produtos comercializados entre si, aumentando o risco para a estabilidade do comércio mundial.
Além disso, Pequim tem até 12 de agosto para tentar chegar a um novo entendimento com Washington e evitar uma nova rodada de sanções econômicas. A tensão se soma ao temor crescente entre países emergentes que mantêm laços tanto com os EUA quanto com a China — caso do Brasil, que vê nas ameaças de Trump um potencial obstáculo para a atração de investimentos e o equilíbrio da balança comercial.
Reação dos mercados
A possibilidade de retomada da guerra comercial trouxe de volta a aversão ao risco. Bolsas asiáticas e europeias operaram em queda, enquanto o dólar se fortaleceu diante de moedas de países em desenvolvimento. Analistas preveem um mês de julho instável, marcado por especulações sobre as negociações sino-americanas.
Especialistas alertam que, caso as ameaças de Trump se concretizem, os efeitos não se limitarão aos dois países. “Estamos falando de cadeias de suprimento globais inteiras sendo reorganizadas, com impacto direto em preços, inflação e empregos em diversos setores e países”, afirma um analista da XP Investimentos.
Para o Brasil, que é parceiro estratégico tanto da China quanto dos EUA, o momento exige cautela diplomática e inteligência econômica, especialmente diante das recentes falas de Trump sobre punir nações alinhadas ao Brics.

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