Bolsonaristas anunciam “vitória” e acordo para votar anistia após motim na Câmara Fato Novo

Após ocupação da Mesa Diretora, líderes do PL afirmam que houve acordo com Hugo Motta para pautar anistia e fim do foro privilegiado. Líder do PT, Lindbergh Farias, desmente e classifica como narrativa falsa para justificar recuo.
Bolsonaristas declaram “vitória” após motim na Câmara
Após quase 30 horas de ocupação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, parlamentares bolsonaristas declararam ter obtido uma “grande vitória” com um suposto acordo para a pauta de projetos de interesse da bancada, incluindo o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e o fim do foro privilegiado.
O anúncio foi feito pelo deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), um dos articuladores do movimento:
“Temos uma vitória aqui hoje. Foi feito um acordo conosco para a semana que vem já começar a pautar. Acabar com o foro privilegiado, defender as prerrogativas do Congresso frente ao STF e a anistia. É uma grande vitória. Na semana que vem vamos cobrar.”
Sóstenes Cavalcante reforça versão, mas sem prova formal
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), também afirmou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), teria se comprometido informalmente a pautar os projetos.
“Hugo disse que teria condição de pautar [a anistia] se não houvesse obstrução. Nós garantimos que não faríamos. Ele se comprometeu”, disse.
No entanto, Sóstenes admitiu que não houve acordo formal ou escrito com a presidência da Casa ou com outras lideranças partidárias.
Até a manhã de 7 de agosto, Hugo Motta não confirmou nenhuma negociação com os bolsonaristas. Interlocutores próximos ao presidente da Câmara negaram a existência de qualquer compromisso.
A base governista avalia, em conversas reservadas, que o episódio evidencia a fragilidade política de Motta, que tem evitado confrontos diretos com a oposição de extrema-direita, mesmo diante de ações que violam o Regimento Interno da Casa.
Líder do PT desmente e acusa de manipulação
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), rebateu as declarações dos bolsonaristas:
“Participei do colégio de líderes, de todas as negociações. Nós não vamos votar anistia. Isso está fora. Eles falam isso aqui porque estão tentando criar uma justificativa para a base deles, porque tiveram que recuar.”
Lindbergh acrescentou que os parlamentares que participaram da ocupação devem responder no Conselho de Ética por quebra de decoro:
“Não dá para passar a mão na cabeça de quem impediu os trabalhos da Câmara e do Senado à força.”
PEC do fim do foro volta à pauta simbólica
A suposta “vitória” também inclui a retomada da PEC que acaba com o foro privilegiado, relatada por Marcos Rogério (PL-RO) no Senado. O texto está parado desde 2017, mas é usado simbolicamente como ferramenta de pressão contra o Supremo Tribunal Federal.
Tensão institucional persiste
Apesar do recuo dos parlamentares após a retomada da Mesa, a ofensiva reforça o clima de tensão entre os Poderes. Ministros do STF, como Alexandre de Moraes, já classificaram pedidos de anistia como “chantagem inconstitucional” e afirmaram que qualquer projeto nesse sentido será suspenso imediatamente.

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