Estados Unidos exige estudantes com redes sociais abertas para emitir visto

Mundo – O governo dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou neste domingo (24) uma nova exigência para brasileiros e cidadãos de outras nacionalidades que solicitam vistos para estudar ou fazer intercâmbio no país.

A partir de agora, os candidatos ao documento das categorias F (estudantes acadêmicos e de idiomas), M (estudantes de cursos técnicos ou vocacionais) e J (intercâmbio cultural e acadêmico) devem fornecer acesso completo ao seu histórico nas redes sociais, que não pode estar com as configurações de privacidade no modo “privado”.

A informação foi divulgada pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, por meio de publicação na rede social X (antigo Twitter).

Entenda o Funcionamento

No comunicado, a embaixada afirma que a medida é necessária para que sejam feitas todas as verificações necessárias de avaliar se o solicitante atende aos requisitos exigidos de entrada no território norte-americano. A justificativa é aumentar a transparência e garantir a segurança nacional nos processos de concessão.

Ao ter acesso a perfis públicos, os oficiais consulares podem cruzar informações fornecidas na aplicação do documento com o conteúdo compartilhado publicamente pelo candidato, buscando possíveis inconsistências ou indícios que possam impedir a concessão.

A embaixada destaca ainda a importância de os candidatos se prepararem com antecedência para cumprir a nova exigência, ajustando as configurações de privacidade de suas contas no Instagram, Facebook, X, TikTok, entre outras plataformas, para o modo “público” antes do processo de solicitação.

A medida reforça uma tendência já observada nos últimos anos, onde o Departamento de Estado norte-americano incluiu no formulário padrão de solicitação de vistos (DS-160) um campo para que os candidatos informem seus nomes de usuário em redes sociais.

Especialistas alertam para cuidados

Especialistas em direito imigratório alertam que os candidatos devem revisar cuidadosamente o conteúdo de suas redes sociais, assegurando que não haja publicações que possam ser mal interpretadas ou que contradigam informações fornecidas em seus formulários oficiais.

A decisão deve impactar milhares de brasileiros que planejam estudar nos Estados Unidos anualmente, tornando o processo de revisão de documentação ainda mais abrangente.