Trump dá ‘ultimato’ ao Hamas para que aceite acordo de paz até domingo

Através de uma publicação em sua rede social Truth Social, Trump deu ao grupo até as 18h de domingo (5), horário de Washington, para aceitar seu plano de paz, sob ameaça de enfrentar um “inferno total” caso se recuse.

“Teremos paz no Oriente Médio de uma forma ou de outra. A violência e o derramamento de sangue cessarão. Libertem os reféns, todos eles, agora! Um acordo deve ser firmado com o Hamas até domingo à noite. Todos os países assinaram. Se este acordo, uma última chance, não for firmado, um inferno como ninguém jamais viu antes se abaterá sobre o Hamas.”, declarou Trump.

O presidente, que descreveu o Hamas como uma “ameaça implacável e violenta”, afirmou que a maioria de seus militantes está “cercados e presos” e que mais de 25 mil foram mortos.

Ele apresentou seu plano de 20 pontos, anunciado na última segunda-feira (29) ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, como a última chance para os membros remanescentes do grupo terem suas vidas poupadas.

Enquanto isso, fontes ouvidas pela agência Reuters confirmam que discussões intensivas sobre o acordo estão ocorrendo no alto escalão do Hamas.

Mediadores árabes, com base no Catar, continuam pressionando a ala política do grupo a fazer concessões. No entanto, um funcionário do Hamas, sob anonimato, afirmou que o grupo ainda está avaliando a proposta de Trump e que “precisa de tempo”.

A Bloomberg relatou que alguns países do Golfo Pérsico estão discutindo a implementação do plano de Trump mesmo sem um consenso do Hamas, descrevendo a proposta como “a melhor desde o início da guerra”. Uma autoridade da região afirmou que “ninguém está disposto a perder a oportunidade” de encerrar os combates.

Os Pontos do Plano Americano

O plano divulgado pela Casa Branca prevê:

• Um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns.
• A criação de um “Conselho da Paz” internacional temporário, chefiado por Trump, para administrar Gaza.
• A transferência futura do controle do território para a Autoridade Palestina.
• A desmilitarização de Gaza e a retirada gradual das forças israelenses.
• A anistia para integrantes do Hamas que se renderem.
• A garantia de que Gaza não será anexada por Israel e que o Hamas não participará do governo.

Com o prazo se aproximando rapidamente, a região aguarda a resposta do Hamas, que determinará se o caminho será a negociação ou uma nova e devastadora escalada de violência, conforme prometido pela administração Trump.