MPDFT denuncia homem por latrocínio de policial penal que trabalhava como motorista de aplicativo

MPDFT denuncia homem por latrocínio de policial penal que trabalhava como motorista de aplicativo

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou, nesta quarta-feira (22), João Paulo Rodrigues Pereira pelo latrocínio (roubo seguido de morte) do policial penal Henrique André Venturini. O denunciado também foi acusado de corrupção dos dois menores envolvidos no crime.

O crime ocorreu no dia 13 de outubro, por volta das 19h20, no Riacho Fundo II. Henrique André Venturini era policial penal há mais de dez anos, mas não estava em serviço no momento do ocorrido; ele trabalhava como motorista de aplicativo nas horas vagas para complementar a renda familiar.

Detalhes do Crime

De acordo com a denúncia do MPDFT:

  1. Planejamento: Uma hora antes do crime, João Paulo se cadastrou na plataforma de aplicativo com nome falso e solicitou a corrida. Ele e dois adolescentes entraram no carro da vítima com o objetivo de cometer o assalto, portando facas e um facão.
  2. Reação: No trajeto, os criminosos anunciaram o assalto. Henrique, que portava uma arma de fogo por prerrogativa legal da função, sacou-a em legítima defesa e tentou reagir.
  3. Luta e Morte: Houve luta corporal. Durante a briga, a vítima foi atingida por um disparo de arma de fogo, o que causou sua morte. O veículo colidiu com um edifício antes de parar, e os três criminosos fugiram.

O MPDFT requer a fixação de uma indenização mínima de R$ 300 mil para a reparação civil dos prejuízos materiais e extrapatrimoniais aos familiares dependentes da vítima.

Reconhecimento do Policial

O policial penal Henrique André Venturini era reconhecido por sua dedicação à segurança pública. Em março de 2024, ele havia recebido um elogio funcional do MPDFT por sua atuação eficaz ao neutralizar uma tentativa de feminicídio e uma briga de faca no Riacho Fundo, mesmo estando fora de serviço e em inferioridade numérica.

O promotor de justiça César Augusto Nardelli lamentou a morte e destacou: “Mesmo fora de serviço, o policial desarmou o responsável por esfaquear a sua ex-companheira e evitou que o conflito resultasse na morte de mais pessoas.” O promotor garantiu que o Ministério Público buscará a punição “firme e justa” aos autores do latrocínio.

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