Justiça transfere para prisão domiciliar mulher apontada como figura influente no crime organizado no AM

Justiça transfere para prisão domiciliar mulher apontada como figura influente no crime organizado no AM

Manaus (AM) – A Justiça converteu a forma de cumprimento de pena de Luciane Barbosa Farias, apontada pelas autoridades como uma das principais articuladoras do crime organizado no Amazonas. Agora, ela deve cumprir prisão domiciliar, monitorada por tornozeleira eletrônica. Luciane é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, considerado líder do Comando Vermelho no estado e atualmente detido em um presídio federal de segurança máxima.

A mudança ocorre após Luciane ter sido capturada em 25 de setembro, em Cascavel (PR), durante uma operação conjunta da Polícia Federal com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/PR). Com a decisão, ela deixa a Unidade de Prisão, mas permanece sob rígido controle judicial.

Condenação e histórico de fugas

Luciane Barbosa possui uma condenação de 10 anos em regime fechado por crimes como associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Embora a sentença fosse definitiva, ela continuou em liberdade até o início de 2025, quando foi expedido o mandado de prisão que determinava sua captura. A partir desse momento, passou a ser considerada foragida até 28 de maio de 2025, quando foi encontrada pela Polícia Civil em uma residência na zona Norte de Manaus, dando início ao cumprimento da pena.

Caso ganhou repercussão nacional

O nome de Luciane voltou ao noticiário em 2023, após ela participar de reuniões oficiais em Brasília, nos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos, onde se apresentou como presidente do Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), entidade voltada à pauta carcerária. A presença dela em encontros institucionais provocou forte reação pública e levou órgãos do governo a rever normas de acesso.

Ligação com chefia da facção

Apontada por investigadores como peça fundamental no gerenciamento financeiro das ações atribuídas a “Tio Patinhas”, Luciane voltou a ser alvo de operações policiais com sua prisão no Paraná, reforçando seu papel de destaque dentro da estrutura criminosa.

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