Economista alerta para endividamento das famílias e defende educação financeira no Brasil

Manaus (AM) – O economista Orígenes Martins afirmou que o aumento do poder de compra decorrente da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil não garante, necessariamente, melhora na condição financeira das famílias brasileiras. Segundo ele, o impacto da medida vai além da matemática e envolve o comportamento social do consumidor.
“Lógico que pode. A pessoa pagava 600 reais de imposto de renda e deixa de pagar, então vai ter 600 reais para gastar mais”, afirmou Martins ao comentar o efeito imediato da isenção. No entanto, ele destacou que esse raciocínio não pode ser analisado de forma isolada. “A questão não é essa. A economia é uma ciência social”, disse.
Para o economista, o consumo excessivo está ligado à própria natureza humana. “O ser humano é um ser altamente consumidor porque ele é um ser insatisfeito”, afirmou. Segundo ele, à medida que a renda ou as condições de vida melhoram, surgem novos desejos e padrões de consumo. “Você nunca está satisfeito com a sua situação”, completou.
Martins alertou que esse comportamento contribui diretamente para o crescimento do endividamento no país.
“Quanto mais você tem a perspectiva de ganhar um pouco mais, mais você vai consumir ou buscar consumir”, disse. Ele explicou que, muitas vezes, o brasileiro acaba gastando além da própria capacidade financeira. “Você gasta mais do que pode para poder satisfazer aquele seu sonho, aquele seu desejo de consumo”, afirmou.
Diante desse cenário, o economista defendeu mudanças estruturais na formação da população. “Com certeza, a educação financeira deveria ser uma matéria dentro do currículo das escolas”, disse, ao destacar que o tema deveria estar presente desde os primeiros anos da vida escolar.
Segundo Martins, países que avançaram economicamente apostaram na educação como ferramenta de transformação social. “Os grandes países desenvolvidos, principalmente aqueles que saíram da semipobreza e chegaram a um índice de desenvolvimento muito grande, utilizaram a escola para passar esses conceitos para o cidadão”, afirmou, citando exemplos como Coreia do Sul e Vietnã.
Para o economista, o ensino de educação financeira não apenas ajudaria no controle do endividamento, mas também fortaleceria a economia do país a longo prazo. “O cidadão precisa saber o que ganha, quanto ganha e como deve utilizar aquilo que ganha”, concluiu.

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