Audiência de instrução sobre o assassinato começa em Manaus

Manaus (AM) – Teve início nesta quinta-feira (30) a audiência de instrução no caso do assassinato brutal da babá Geovana Costa Martins, de 20 anos. O processo, que tramita na 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, sob a presidência do juiz Mauro Antony, marca a fase de coleta de provas e depoimentos que definirão os próximos passos do julgamento.

Geovana foi encontrada morta no dia 20 de agosto de 2024, em uma área de mata no bairro Tarumã, zona Oeste da cidade.

As investigações da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) apontam que a jovem foi submetida a sessões de tortura durante dias, supostamente a mando de sua ex-patroa, Camila Barroso.

Na audiência de hoje, o juiz Antony está ouvindo os depoimentos de testemunhas tanto da acusação quanto da defesa, além dos próprios réus.

Camila Barroso, que responde ao processo em prisão domiciliar, e outros acusados, como Antônio Chelton Lopes de Oliveira, foram indiciados pelos crimes de tortura, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Detalhes do Crime

Relatos da mãe da vítima e dos autos da investigação revelam a extrema crueldade do crime. Geovana teria sido bastante espancada, sofreu queimaduras por todo o corpo e também teve parte do seio cortado. Após ser morta, seu corpo foi jogado no bairro do Tarumã.

A motivação para o crime, segundo as apurações, estaria ligada à recusa de Geovana em continuar trabalhando em um estabelecimento administrado por Camila, que funcionava como uma casa de massagens.

A jovem trabalhava como babá para a acusada, mas teria se recusado a desempenhar outras funções no local.

Próximos Passos

Durante a instrução, a defesa dos acusados tem a oportunidade de contestar as provas apresentadas pelo Ministério Público e questionar o nível de participação de cada um dos réus no crime hediondo.

Após a conclusão desta fase, o juiz Mauro Antony analisará o conjunto probatório e decidirá se o processo segue para a etapa final: o julgamento pelo Tribunal do Júri, onde um colegiado de cidadãos determinará a culpa ou inocência dos acusados.