Colóquio de Bibliotecas e Informação Digital reforça preservação da memória amazônica na era digital

Evento, realizado neste fim de semana em Manaus, reuniu especialistas para discutir práticas inovadoras e estratégias de acesso à informação na Amazônia

FOTO: Eduarda Ribeiro / Secretaria de Cultura e Economia Criativa

O Memorial Samuel Benchimol, localizado no Centro Cultural Povos da Amazônia, Distrito Industrial, sediou o 3º Colóquio de Bibliotecas e Informação Digital, no sábado (02/08). O evento reuniu bibliotecários, arquivistas, pesquisadores e estudantes em torno do tema “Amazônia Documentada: memória, cultura e fluxos de informação”.

A iniciativa foi promovida pelo Centro de Documentação e Memória da Amazônia (CDMAM), com realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e apoio do Departamento de Gestão de Bibliotecas.

A programação proporcionou reflexões sobre o papel de bibliotecas, arquivos e centros de memória na preservação e democratização do acesso à informação, com foco nas especificidades amazônicas. Entre os destaques, estiveram três palestras centrais: “Arquivos e História: bases documentais da identidade Amazônica”, “Literatura e Bibliotecas como guardiãs da memória Amazônica”, “O processo de digitalização de obras raras, realizado pelo Centro de Documentação e Memória da Amazônia (CDMAM)”.

Durante participação no evento, o diretor do Departamento de Gestão de Bibliotecas, Sharles Costa, destacou a importância do compartilhamento de saberes entre as instituições de memória. “O objetivo do colóquio foi compartilhar tudo aquilo que as instituições têm feito com relação à informação, desde a produção, preservação, até a forma de disponibilizar isso para a população. Estamos otimizando o acesso à informação com vistas à preservação para as futuras gerações”, afirmou.

A bibliotecária Adaísa de Alencar Almeida, do CDMAM, ressaltou o impacto da digitalização de obras raras para pesquisadores. “Digitalizar é facilitar o caminho. Muitos desses acervos antes eram inacessíveis devido a restrições físicas e institucionais. Com a digitalização, os materiais passam a estar disponíveis online, ampliando o acesso e contribuindo significativamente para os estudos sobre a Amazônia”, avaliou.

FOTO: Eduarda Ribeiro / Secretaria de Cultura e Economia Criativa

O colóquio também funcionou como espaço de valorização de trajetórias profissionais e de fomento a novas práticas nas áreas de biblioteconomia, arquivologia e ciência da informação. Os convidados desta edição foram selecionados por sua atuação significativa na região, com experiências que enriquecem o debate e fortalecem a preservação do patrimônio amazônico.

Com a proposta de aproximar a academia da sociedade, o 3º Colóquio reforçou a importância da informação como bem público, elemento de identidade e ferramenta estratégica para o desenvolvimento sustentável na região Norte.