David ‘aproveita’ servidores para campanha velada

Para atender a legislação eleitoral (Lei n° 9.504/97, artigo 73, VI, B), os sites das prefeituras, secretarias municipais e órgãos da administração direta e indireta, assim como as redes sociais, estão restritos apenas à consulta de serviços essenciais. Com isso, o candidato a reeleição fica impossibilitado de fazer qualquer promoção da própria gestão ou imagem dentro dos perfis oficiais. A determinação não impede que outras pessoas ou perfis, que não sejam candidatos, façam a promoção de ideias ou propostas de um candidato nas eleições.

No entanto, os próprios secretários envolvidos no esquema organizacional revelado na cúpula da Igreja Evangélica Adventista, passaram a utilizar as próprias redes sociais de forma direcionada, para fazer o que a legislação eleitoral não permite, com início da vedação eleitoral para o candidato.

De forma massiva, explícita e direcionada a ação de promover a imagem de David Almeida de forma positiva, passaou a ocorre diariamente  comdeclarações de apoio, amizade e até inauguração de obras, que são compartilhadas pelos apoiadores do prefeito lotados na Prefeitura de Manaus.

Wanderson Costa, secretário da  Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), e figura importante para gestão David Almeida na Igreja e na Prefeitura, costuma exaltar suas redes sociais as obras da gestão municipal.

“Esse é o trabalho da Prefeitura de Manaus: feira revitalizada, asfalto novo chegando na sua rua, novas casas de farinhas para as comunidades rurais, trazendo de volta a dignidade para a população. Estamos nas ruas trabalhando em prol de melhorias para nossa cidade. Vamos seguindo e avançando juntos”, escreveu.

Assim como Heliatan Botelho, secretário da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), que promoveu um resumo da festa oferecida aos servidores pela Prefeitura de Manaus.

A divulgação de obras também é outro ponto bastante massificado pelos servidores públicos e aliados de David.

A ação dos servidores pode influenciar interferir na lisura e no equilíbrio das eleições, afetando a igualdade de oportunidades entre os candidatos, conforme explica aa Lei nº 9.504/1997, que trata de condutas vedadas, aplicada aos candidatos.