Dezembro começa com Manaus encoberta por nuvem de fumaça

Manaus (AM) – Neste domingo (1º), Manaus amanheceu sob uma espessa nuvem de fumaça, com a qualidade do ar variando entre os níveis “ruim” e “muito ruim” em todas as regiões monitoradas pelo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva).

Os dados indicam que os bairros mais atingidos na capital são o Parque Dez de Novembro, que registrou uma concentração de 93,2 µg/m³ de material particulado fino (MP2.5), e a Cachoeirinha, com 95,6 µg/m³ de MP2.5, níveis alarmantes que colocam em risco a saúde da população.

Além de Manaus, os municípios de Barreirinha e Parintins, no interior do Amazonas, enfrentam uma situação ainda mais grave. Pela manhã, o aplicativo Selva indicava que ambas as cidades apresentavam qualidade do ar “ruim”, com concentrações de 109,8 µg/m³ e 110,5 µg/m³ de MP2.5, respectivamente.

Impactos na saúde

A presença do material particulado fino (MP2.5) em altas concentrações é preocupante, pois essas partículas, invisíveis a olho nu, conseguem penetrar profundamente nos pulmões e até atingir a corrente sanguínea. Os efeitos podem ser especialmente perigosos para crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios, como asma e bronquite.

Especialistas recomendam que a população evite atividades ao ar livre, mantenha portas e janelas fechadas e utilize máscaras para filtrar o ar, caso necessário.

Causas da intensa fumaça

A origem da fumaça é associada ao aumento de queimadas na região, comuns neste período do ano. A combinação entre focos de calor e as condições climáticas, como baixa umidade e ventos fracos, tende a agravar o problema, causando a concentração de poluentes na atmosfera.

Parintins e Barreirinha registraram concentrações de MP2.5 superiores às de Manaus, o que reforça a gravidade da situação nesses municípios. Moradores têm relatado dificuldades respiratórias e visibilidade reduzida, acendendo o alerta para medidas emergenciais.