Emanuel diz que inércia da Câmara sobre Caso Paccola é “constrangedora”
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) cobrou, nessa quinta-feira (21), uma resposta da Câmara Municipal de Cuiabá sobre o caso do vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), indiciado pelo homicídio qualificado do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, o “Japão”, em Cuiabá.
Para o Chefe do Executivo, o resultado apresentado pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) não poderia ser diferente, diante das imagens divulgadas do crime. Além disso, afirmou que toda essa situação deixou o Legislativo Municipal em ‘maus lençóis’.
“Não poderia ser diferente, diante de tudo que se assistiu, diante dessas cenas lamentáveis. Como eu já disse outras vezes, eu penso na família, aquela figura indefesa estirada no chão, como se fosse um objeto caído. Era a vida de um cidadão inocente e que foi vítima de um assassinato. Isso não poderia ser diferente”, declarou.
“A situação ficou muito constrangedora, né. A Câmara, eu tenho certeza, que jamais viveu tamanho constrangimento na história, então, cabe a ela resolver e decidir que caminho ela quer seguir”, acrescentou o prefeito.
Na tarde de quarta-feira (20), a Polícia Civil comunicou a conclusão das investigações e indiciou Paccola por homicídio qualificado, pois a vítima não teve chances de se defender. Japão foi assassinado com três tiros pelas costas, no dia 1º de julho, durante uma confusão na frente de uma distribuidora no bairro Quilombo.
Emanuel destacou que, se a Câmara não tomar nenhuma providência o quanto antes, isso voltará a manchar a imagem do parlamento, que já foi conhecida como “Casa dos Horrores”.
“Hoje os olhos da sociedade estão voltados para a Câmara Municipal de Cuiabá. Ela não vai conseguir andar, não vai conseguir criar pauta política e legislativa nenhuma se não resolver esse problema”, disse.
O prefeito ainda afirmou que, se fosse ele o presidente da Casa de Leis, teria convocado uma sessão extraordinária para resolver o caso e dar uma resposta à sociedade imediatamente.
“Se eu fosse o presidente da Câmara eu faria isso. Dar uma resposta imediata à sociedade porque a Câmara hoje está no olho do furacão”, finalizou.