Emanuel diz que nova cepa encontrada em Cuiabá é “tragédia anunciada” e volta a cobrar doses extras

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que vai recorrer à bancada federal e ao Ministério da Saúde para que acelerem o envio de doses extras das vacinas contra a Covid-19 para Cuiabá após ter sido constatada uma cepa colombiana na Capital mato-grossense.

À imprensa, o prefeito afirmou que vai pedir ao deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, o popular Emanuelzinho (PTB), e ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para que intermedeiem junto ao Plano Nacional de Imunização (PNI) o envio dos imunizantes à população cuiabana.

No início de junho, Emanuel pediu ao ministério da Saúde e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) doses extras da vacina contra a covid como contrapartida da realização da Copa América.

“Eu vou reiterar com o deputado federal Emanuelzinho, ao Ministério da Saúde que acelere junto ao PNI o nosso pleito de doses extras de vacina para Cuiabá em virtude de termos sido da Copa América”, disse Emanuel na manhã desta segunda-feira (12).

NOVA CEPA EM CUIABÁ

Uma análise do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, feita em testes positivos de um colombiano e de um equatoriano constou a variantes de interesse B 1.216, cepa colombiana. As seleções (Colômbia e Equador) se enfrentaram no dia 13 de junho na abertura da Copa América, na Arena Pantanal, em Cuiabá.

O prefeito, que sempre se posicionou contrário à realização do torneio sul-ameircano, classificou a variante como uma “tragédia anunciada”. Além disso, Emanuel afirmou que seus “rivais” políticos tentaram “politizar” o seu posicionamento.

“Iniciamos a semana com essa notícia dramática, angustiante e preocupante. Essa notícia acaba sendo uma confirmação de uma tragédia anunciada. No momento que eu me posicionei contrário à realização da Copa América em Cuiabá, muitos me criticaram e tentaram politizar aquela minha posição. Mas, eu sempre deixei claro que a minha postura, a minha posição era exatamente em virtude do momento em que vivemos.

“Eu tentei alertar, eu alertei, fiquei gritando no deserto. Literalmente, gritei no deserto, fizeram ouvidos moucos, não quiseram me ouvir, tentaram politizar a minha angústia, a minha preocupação no momento em que eu dizia que era desaconselhável realizar a Copa América em Cuiabá”, alertou.

Por fim, o prefeito voltou a criticar o governo estadual e afirmou que a Copa América em Cuiabá foi realizada sem nenhum planejamento.

“Não houve discussão, um planejamento das medidas de biossegurança, não houve segurança de barreiras sanitárias. Não tivemos tempos, nem condições e nem sequer os municípios foram ouvidos para que pudéssemos juntos tomarmos as decisões e medidas necessárias para proteger a população. Foi tudo, como diz o ditado, goela abaixo”.