Grupo é preso por torturar supostos pedófilos ao vivo e forçar vítima a comer fezes

Grupo é preso por torturar supostos pedófilos ao vivo e forçar vítima a comer fezes

Mundo – Um grupo autodenominado “caza-violines”, termo popular argentino que pode ser traduzido como “caça pedófilos”, foi desmantelado após a prisão de cinco integrantes acusados de sequestrar, torturar e humilhar homens suspeitos de pedofilia. A operação policial aconteceu depois de uma denúncia e revelou um esquema que vinha sendo transmitido ao vivo pelas redes sociais, com ampla audiência.

O grupo era liderado por Brandon Joaquín Maldonado, de 29 anos, conhecido nas redes como Brandon Lee. Ele e outros quatro membros – três homens e uma mulher, com idades entre 17 e 29 anos – criavam perfis falsos em redes sociais e aplicativos de namoro, fingindo ser adolescentes. Após atrair os supostos alvos para encontros, os acusados filmavam sessões de agressão física, humilhação pública e até atos de tortura, publicando tudo em um canal do YouTube com mais de 426 mil inscritos.

A metodologia do grupo envolvia conversas com os alvos sob identidade falsa. Em um dos casos, uma mulher fingia ter 21 anos, mas em meio às mensagens dizia ter 13. Quando a vítima comparecia ao local combinado, era surpreendida pelos membros do grupo, que a levavam à força a um apartamento, onde as agressões aconteciam – muitas vezes transmitidas ao vivo.

Em um dos vídeos mais chocantes, um homem é forçado a ingerir excrementos. Em outro, o grupo expõe números de telefone de parentes das vítimas enquanto a sessão de tortura acontece.

Segundo as autoridades, as práticas não apenas extrapolam os limites legais, como são enquadradas em crimes graves como cárcere privado, lesão corporal e tortura. A prisão dos suspeitos ocorreu após a denúncia de um venezuelano de 42 anos, que alegou ter sido enganado ao acreditar que encontraria uma mulher adulta. A agressão contra ele durou mais de duas horas e foi transmitida integralmente nas redes.

A polícia conseguiu localizar o grupo ao rastrear a caminhonete de Brandon Maldonado, vista nas proximidades de outro caso transmitido ao vivo. Os cinco foram detidos enquanto tentavam fugir. Na operação, foram apreendidos armas de ar comprimido, munições, máscaras, celulares, câmeras e materiais de contenção, usados nas encenações de “justiça própria”.

A investigação segue em andamento e as autoridades trabalham para identificar outras possíveis vítimas dos vídeos ainda disponíveis em canais online.

Enquanto os acusados aguardam julgamento, o canal do grupo permanece sob análise das plataformas digitais e autoridades argentinas.

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