Legalização da cocaína? Prefeita de Amsterdã, na Holanda, defende a proposta

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Apesar de ter causado danos mínimos, o primeiro ataque realizado pelo Irã contra o território israelense despertou reações em todo o mundo neste domingo (14). Em geral, houve apelos por prudência para evitar a eclosão de um conflito de maior escala no Oriente Médio.

Por outro lado, as reações demonstram que muitos países, especialmente os ocidentais, expressaram imediata solidariedade a Israel. Outros destacaram que a ação militar ordenada por Teerã foi uma resposta ao bombardeio israelense contra o consulado iraniano em Damasco, capital da Síria, no início do mês.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota na qual afirma que “o governo brasileiro acompanha com séria preocupação os relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, o que tem mantido em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria”.

“O Itamaraty tem monitorado a situação dos brasileiros na região, especialmente em Israel, Palestina e Líbano desde outubro do ano passado”. O embaixador de Israel no Brasil expressou descontentamento com a falta de condenação ao Irã na nota emitida pelo Itamaraty.

Américas

Na América do Sul, o governo liderado por Javier Milei na Argentina expressou sua “solidariedade e compromisso inabalável” com Israel diante dos ataques. Enquanto isso, na Colômbia, o presidente Gustavo Petro classificou os ataques como “previsíveis” e destacou que “estamos agora no prelúdio da Terceira Guerra Mundial, justamente quando a humanidade deveria estar reconstruindo sua economia em direção à rápida descarbonização”.

“Ao apoiar, na prática, um genocídio, os Estados Unidos incendiaram o mundo. Todos sabem como as guerras começam, mas ninguém sabe como terminam. Se ao menos o povo de Israel fosse tão sábio quanto seus antepassados para deter a loucura de seu governante”, afirmou Petro em um comunicado.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou os ataques iranianos e prometeu uma resposta diplomática coordenada pelo G7. Ele afirmou que os Estados Unidos ajudaram Israel a interceptar “quase todos” os drones e mísseis de ataque, reiterando um apoio “firme” ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante uma ligação telefônica.

“Eu disse a ele que Israel demonstrou uma notável capacidade de se defender e derrotar até mesmo ataques sem precedentes, enviando uma mensagem clara aos seus inimigos de que não podem ameaçar efetivamente a segurança de Israel”, declarou Biden no comunicado.

O Canadá condenou de forma inequívoca os ataques aéreos do Irã, conforme afirmou o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, acrescentando: “Estamos ao lado de Israel”.

BRICS

Reações provenientes de outros países do BRICS demonstram uma posição semelhante à do Brasil. A China “apela às partes relevantes para que mantenham a calma e exerçam contenção, a fim de evitar uma escalada adicional de tensões”. Esta onda de tensões é uma “consequência do conflito em Gaza” e reprimir esse conflito é uma “prioridade máxima”, acrescentou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

A Índia expressou uma séria preocupação com o aumento das hostilidades entre Israel e o Irã, que ameaça a paz e a segurança na região. “Apelamos por uma desescalada imediata, exercício de contenção, abstenção da violência e retorno ao caminho da diplomacia”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

A Rússia manifestou preocupação com uma possível “escalada perigosa na região”, declarou o Ministério das Relações Exteriores russo em um comunicado sobre os ataques iranianos. “Apelamos a todas as partes envolvidas para que demonstrem moderação.”

“Temos alertado repetidamente que as inúmeras crises não resolvidas no Oriente Médio, especialmente na zona de conflito israelense-palestina, frequentemente alimentadas por ações provocativas e irresponsáveis, levarão a um aumento da tensão”, afirmou o ministério.

Oriente Médio

Além de fazer um apelo à cautela, com o intuito de preservar a região e seus povos dos perigos da guerra, a Arábia Saudita solicitou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas assuma a sua responsabilidade na manutenção da paz e da segurança internacionais.

No Líbano, o grupo Hezbollah elogiou o ataque do Irã a Israel, descrevendo-o como uma decisão corajosa. O grupo, apoiado pelo Irã, afirmou em comunicado que o Irã exerceu seus direitos legais apesar das ameaças, intimidações e pressões.

O Ministério das Relações Exteriores do Egito expressou profunda preocupação com a escalada das hostilidades e apelou à máxima contenção. Sua declaração também alertou para o risco de expansão regional do conflito e acrescentou que o Egito está em contato direto com todas as partes envolvidas na tentativa de conter a situação.

ONU, UE e Vaticano

“Eu condeno veementemente a grave escalada representada pelo ataque em larga escala lançado pela República Islâmica do Irã contra Israel nesta noite”, expressou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em um comunicado.

“Estou profundamente preocupado com o perigo muito real de uma escalada devastadora em toda a região. Insto todas as partes a exercerem máxima contenção para evitar qualquer ação que possa resultar em grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Oriente Médio”, acrescentou.

Joseph Borrell, principal diplomata da União Europeia, afirmou que o bloco “condena veementemente o inaceitável ataque iraniano contra Israel. Isso representa uma escalada sem precedentes e uma séria ameaça à segurança regional.”

O Papa Francisco fez um “apelo urgente” contra uma “espiral de violência”, alertando para o potencial de um conflito regional.

“Faço um apelo urgente pelo fim de qualquer ação que possa alimentar uma espiral de violência que corre o risco de arrastar o Oriente Médio para um conflito ainda maior”, declarou o pontífice argentino após sua tradicional oração dominical na Praça de São Pedro, no Vaticano.

“Estou rezando e acompanhando com preocupação, mas também com dor, as notícias que chegaram nas últimas horas sobre a intensificação da situação em Israel devido à intervenção do Irã”, disse o papa aos fiéis.

“Ninguém deve ameaçar a existência de outros. No entanto, todos os países devem estar ao lado da paz e ajudar israelenses e palestinos a viverem em dois Estados, lado a lado e com segurança”, afirmou.

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