Luxemburgo lamenta derrota do Corinthians, mas crê em virada: “Alguma coisa boa vai acontecer”

O técnico Vanderlei Luxemburgo revelou abatimento, mas não deu como encerrado o confronto de oitavas de final da Copa do Brasil contra o Atlético-MG, após a derrota do Corinthians por 2 a 0 na noite desta quarta-feira, no Mineirão, pelo jogo de ida.

Em entrevista coletiva após a partida, Luxemburgo tentou manter o otimismo ao falar sobre o jogo de volta, na Neo Química Arena, no dia 31 de maio.

– Resultado ruim, mas não terminou. São 180 minutos, vamos preparar, alguma coisa boa vai acontecer. Fizemos a entrada do Paulinho como volante, jogou muito bem, se posicionou, participou, desarmou, deu bom passe, acho que a gente acerta e erra, faz parte do futebol. Em jogo decisivo você não pode perder tempo de jogo se não está jogando bem. Deu certo trazer o Atlético para nosso campo, tivemos chance de matar o jogo com o Fausto, deu de peito de pé, em vez de dar de chapa, mas está tudo bem. Não esta tudo perdido, tem mais 90 minutos – afirmou Luxa.

– Uma vitória muda todo o ambiente. Toda a insegurança que está tendo. A perna fica pesada. Uma vitória muda totalmente. Vai chegar a vitória. Não vamos perder todos os jogos – completou.

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Vanderlei Luxemburgo em Atlético-MG x Corinthians — Foto: Gilson Junio/AGIF

Vanderlei Luxemburgo em Atlético-MG x Corinthians — Foto: Gilson Junio/AGIF

Luxemburgo foi questionado sobre a postura defensiva adotada pelo Corinthians, que terminou o jogo com apenas 31% de posse de bola e duas finalizações, contra 18 do Atlético-MG. Ele fez alusão ao clássico entre Flamengo e Fluminense, na terça-feira, quando o Flu, com um a menos, segurou o empate sem gols no Maracanã.

– Circunstâncias. Tivemos duas bolas para definir o jogo, com Wesley e Fausto. Estratégia. No Flamengo x Fluminense, todo mundo enalteceu o Fluminense de ver a bola passar para lá e para cá. São coisas parecidas. Flamengo teve 80 minutos de posse. Eu não posso? Tendo possibilidades de fazer o gol – indagou o técnico.

Corinthians mal terá tempo para pensar na derrota: o time volta a campo no próximo domingo para enfrentar o Flamengo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pela quinta rodada do Brasileirão.

Wesley titular mais uma vez

– Wesley o jogo passado foi enaltecido, agora não é. São escolhas, a equipe teve estratégia muito boa no primeiro tempo, início do segundo, e de repente tomou dois gols de novo. Tinha jogada forte no Fábio Santos, corrigi com Maycon. O juiz deu cartão para o Maycon no inicio, ficamos vulneráveis, tirei. Na mudança, saiu o gol, ficou complicado.

O que foi decisivo para a derrota?

– Acho que a saída do Maycon. O Atlético atacava forte pela direita, o Róger acompanhava, mas ficamos vulneráveis. Corrigi com Maycon pegando Mariano, estávamos bem equilibrados, eles tentaram bolas mais agudas. Tirei o Maycon pelo cartão amarelo, e quando faço isso, sai o gol. É duro fazer uma análise assim. Depois, o segundo gol numa jogada que sabíamos. São virtudes do adversário.

Por que Pedro não ficou no banco?

– O Cássio alegou uma dor no adutor no aquecimento, como vou pro jogo com um cara que alegou dor no aquecimento? Vou me prevenir. Se sair o Cássio, tenho que ter outro goleiro (o técnico chamou Matheus Donelli e cortou Pedro). Por que tirei o Pedro? Tinha mais jogadores de lado: Adson, Barletta, tinha essas possibilidades.

Por que Adson não entrou no jogo?

– Em nenhum momento chamei o Adson, precisava que a bola segurasse mais, a gente estava perdendo essa bola, entrada do Barletta foi para dar essa sustentação. Mas em momento algum cogitei o Adson neste jogo.

Fonte: gê