Medicamentos ficam 5,06% mais caros a partir de hoje

O governo federal autorizou um reajuste de até 5,06% nos preços dos medicamentos para este ano, válido a partir desta segunda-feira (31). O percentual, que estabelece o teto máximo de aumento, foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED) e publicado no Diário Oficial da União (DOU).
Em 2024, o teto de reajuste foi de 4,5%. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, o reajuste médio autorizado para 2025 será de 3,83%, o menor índice desde 2018.
Impacto no bolso do consumidor
A conselheira regional do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Denise Kassama, explica que o aumento não será sentido de imediato pelos consumidores.
“O reajuste acabou de ser decretado, então as farmacêuticas vão se adequar a isso, vão repassar para as distribuidoras, que por sua vez vão chegar lá nas farmácias para o consumidor. Pode demorar alguns dias, então esse impacto não vai ser imediato”, explicou a economista.
Ainda segundo Denise, esse reajuste pode afetar diretamente os consumidores, especialmente aqueles que dependem de medicamentos contínuos.
“Todo aumento gera impacto. Então, vai impactar as farmácias, pode mexer com o mercado de uma forma geral e afeta, evidentemente, o bolso do consumidor. Porque é o tipo de coisa que não dá para fugir. Às vezes, o medicamento não tem uma alternativa mais barata. Esse valor de 5,06% é uma estimativa, os remédios são classificados em três níveis: nível 1, 2 e 3.”
Como o reajuste é definido?
Para determinar os índices de reajuste, a CMED considera diversos fatores, como:
- Inflação acumulada nos últimos 12 meses (IPCA);
- Produtividade da indústria farmacêutica;
- Custos que não são captados diretamente pela inflação, como câmbio e tarifas de energia elétrica;
- Concorrência no mercado.
O reajuste será aplicado conforme a classe terapêutica e o nível de concorrência dos medicamentos:
• Nível 1: até 5,06%
• Nível 2: até 3,83%
• Nível 3: até 2,60%
“O nível 1 é o que possui maior movimentação no mercado, enquanto o nível 3 tem menor movimentação e menos concorrência. O nível 1, por ter maior concorrência, pode ter um reajuste de até 5,06%. É importante destacar que o aumento dos preços dos medicamentos é regulado por lei”, reforça Denise Kassama.
Impacto no setor farmacêutico
De acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), o reajuste médio ponderado será de 3,48%, o menor dos últimos sete anos. O presidente executivo do sindicato, Nelson Mussolini, alerta que essa medida pode impactar os investimentos do setor.
“Será o menor reajuste médio dos últimos sete anos, o que pode impactar negativamente os contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica instalada no país em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novos produtos e na modernização e construção de novas fábricas”, afirma Mussolini.
A CMED estabelece um teto para os preços dos medicamentos, impedindo que farmácias e laboratórios cobrem valores acima do permitido. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destaca que essa regulamentação evita “aumentos abusivos” e protege o consumidor.
Apesar do reajuste, Mussolini ressalta que a concorrência entre farmácias e a reposição dos estoques podem retardar ou até mesmo impedir aumentos imediatos nos preços.
“Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, explica.
O que fazer para economizar?
Para os consumidores, o reajuste não significa aumento automático dos preços, pois muitas farmácias oferecem descontos sobre os valores tabelados. No caso dos medicamentos do nível 1, por exemplo, os laboratórios costumam conceder uma média de 60% de desconto, o que pode ser ou não repassado pelas farmácias.
A economista Denise Kassama recomenda algumas estratégias para driblar os aumentos:
- Compare preços: pesquise em diferentes farmácias antes de comprar;
- Considere medicamentos genéricos: mas sempre confira se a prescrição e a fórmula são idênticas às do medicamento de referência;
- Busque farmácias populares: algumas redes oferecem preços reduzidos em determinados medicamentos;
- Aproveite descontos e programas de fidelidade: muitas farmácias possuem programas de desconto para medicamentos de uso contínuo.
“Sempre que algo aumenta, o economista recomenda: faça pesquisa de mercado. Então, pesquise bastante e veja se há alternativas. Se não houver na farmácia popular, corra atrás, porque, sem saúde, não fazemos nada”, orienta Kassama.

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