Michelly Alencar deve retirar oficialmente o nome da disputa para a Mesa Diretora da Câmara
A vereadora de Cuiabá Michelly Alencar (União) deve retirar oficialmente, nos próximos dias, o nome da disputa pela presidência da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores. De acordo com a parlamentar, não houve tempo suficiente para que ela pudesse articular uma chapa forte para a eleição da Mesa que será no dia 25 deste mês.
Em entrevista concedida ao Leiagora, Michelly conta que desde quando foi anunciada como uma possível candidata pelo bloco da oposição, ela já havia adiantado aos colegas que sua prioridade não era a Mesa, mas sim o mandato.
Durante esse período ela também foi pega de surpresa pelo processo de cassação do vereador Marcos Paccola (Republicanos), que no dia 1º de julho matou o agente socioeducativo Alexandre Myiagawa com três tiros pelas costas. A vereadora participou do início da abertura do processo de cassação de Paccola, já que ela foi convocada para assumir como suplente no lugar do vereador Kassio Coelho (Patriota), que até então estava de licença da Câmara.
“Eu usei esses últimos meses bem focados no mandato. Quando a gente lançou o nome eu disse que minha prioridade não era a Mesa. Logo depois eu fui fazer parte da Comissão de Ética, entramos com outras discussões que eram prioridades, como o caso Paccola, e eu acabei não construindo como deveria essa candidatura para a Mesa Diretora. Então ainda não tirei oficialmente o meu nome, mas devo tirar pelos próximos dias”, conta a parlamentar.
Michelly diz que, mesmo sendo uma vereadora de primeiro mandato, ela se sente pronta para assumir o papel de presidente da Casa de Leis, mas, devido ao tempo curto que ainda resta, não há como viabilizar aliados tanto do bloco de oposição, quanto do bloco independente.
“Qualquer eleição, seja ela da Mesa, uma eleição majoritária, do legislativo, não importa, qualquer eleição ela precisa ser construída com apoios, parcerias, com aqueles que acreditam no seu no seu projeto. Eu não fiz essa construção até então”, comentou.
A parlamentar apontou o caso Paccola, como um dos motivos para não ter tido tempo de articular uma chapa forte e com viabilidade. Segundo ela o assunto exigiu muito dos vereadores, além de uma superexposição. “Agora dando continuidade, não fazendo mais parte dessa análise dentro da comissão de ética, eu toco o meu mandato normalmente, mas eu acredito que não tenha viabilidade e tempo pra gente construir uma chapa forte”, finaliza a vereadora.
Fonte: leiagora