EXCLUSIVO TENTARAM MATAR BORRACHEIRO ENVOLVIDO EM ASSASSINATOS DE PMS E DIVISÃO DE ARROCHO PODE TER MOTIVADO AS MORTES
O borracheiro Robson Almeida Rodrigues, 26, pode ter escapado da morte pela segunda vez em poucos dias. Grupo de homens, armados e que não quiseram se identificar, foram à procura dele na casa onde mora. A polícia suspeita de tentativa de “queima de arquivo”, ou seja, Robson pode saber mais que contou em depoimento. Robson teria lutado com o tenente dentro do carro, tomou a arma dele e ficou ferido. Agora ele escapou porque não estava em casa. E estaria tomando precauções pessoais de segurança.
Arrocho Surgiu nova possibilidade no assassinato de um sargento e um cabo da PM. O grupo, segundo essa hipótese, teria feito um “arrocho” em boca de fumo da Zona Norte e depois saído para dividir os valores. O tenente Joselito Pessoa Anselmo teria atirado, ferido e matado porque se sentiu lesado na partilha. Os investigadores devem pedir a quebra do sigilo das Estações Rádio Bases (ERBs), no possível trajeto do grupo. Isso mostraria os contatos que fizeram e revelaria a “boca” onde poderia ter ocorrido o arrocho. Arrocho é gíria policial que significa exigência de propina em dinheiro para proteção a bandidos, principalmente traficantes de drogas.
Advogados Os advogados do tenente Joselito foram à TV A Crítica, nesta terça (09/12), defendê-lo. Mozart Bessa e Mário Victor acusaram o borracheiro Robson de ser “alcoólatra e cocaineiro”. A acusação teria sido feita pela esposa dele. Também foram duros com o comando do major Ludernilson Lima de Paula, 40, que levou tiro na coluna no evento. Milícias na PM As mortes do sargento Edizandro Santos Louzada, 40, e do cabo Graziano Monteiro Negreiros, 36, podem ter outros desdobramentos.
A PM está investigando focos de milícias dentro da corporação. São grupos de integrantes da corporação envolvidos com a cobrança de propina de criminosos. Algumas pontas do iceberg já foram reveladas. Um grupo de policiais foi transferido, em dezembro, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), do Município de Tefé. O tenente Smayil Souza dos Santos e um cabo, identificado apenas como Macário, foram presos no dia 1º de novembro, no Centro. Eles teriam tentado extorquir um empresário do ramo de combustíveis. O trabalho de investigação dos milicianos estava sendo realizado pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
O delegado Thomaz Vasconcelos, ex-secretário-adjunto de Inteligência, comandava esse trabalho. Embora ele tenha substituído no cargo na mudança de governo, o trabalho continua.