Passaporte da vacina será exigido em Cuiabá, diz prefeito
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciou que irá decretar passaporte da vacina na capital, devido ao surgimento da nova variante do coronavírus (Ômicron) e ao fato de ainda haver mais de 18 mil adultos que ainda não tomaram nenhuma dose da vacina contra a Covid-19 e 57 mil pessoas que não tomaram a segunda dose.
O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (1º), durante coletiva de imprensa realizada no auditório da Secretaria Municipal de Educação.
Na ocasião, ele também assinou o decreto que proíbe a realização de festas públicas e privadas no Réveillon e ao Carnaval 2022 e um outro decreto em relação a Águas Cuiabá.
Ainda segundo o prefeito, cerca de 30% dos adolescentes também não tomaram nem a primeira dose do imunizante.
“Independentemente de essa nova cepa que vem rondando o Brasil ser mais agressiva ou menos agressiva, me parece que ela tem um poder de propagação muito rápido. Qualquer alteração no comportamento dessa nova cepa, no comportamento da covid-19 em Cuiabá irá merecer uma nova avaliação por parte do Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19”, disse o gestor.
Em relação ao passaporte da vacinação, Emanuel Pinheiro afirmou que antes de publicar o decreto, se reunirá com representantes do setor produtivo, já que foram eles os mais impactados economicamente pela pandemia.
“Eu achei melhor ponderar que o setor produtivo tem que ser ouvido. Eles foram bastante penalizados, muitas atividades quebraram, fecharam as portas, muitos ainda vivem um momento dificílimo da sua atividade, muitos desempregos ocorreram em virtude disso. Então, apesar da saúde coletiva ser prioridade, temos que ouvir e tomar decisão conjunta com o setor produtivo”, disse.
Segundo o prefeito, para editar esse decreto, haverá uma reunião com representantes da Fecomercio, CDL, Sindicato dos Restaurantes, Hotéis, Bares e Similares, representantes de shopping centers e do Shopping popular e do setor de eventos porque o decreto é bem amplo no que diz respeito ao passaporte da vacina.
Conforme o gestor, a ideia é que a exigência do passaporte da vacina tenha o menor impacto possível no setor produtivo, para que possa continuar atuando, gerando emprego e renda, mas sem deixar de lado à preservação da saúde.
Emanuel Pinheiro ressaltou ainda que o Executivo já encaminhou para a Câmara Municipal a proposta de lei que isenta os setores empresariais do pagamento de IPTU e de alvará de funcionamento, como forma de equilibrar a crise a que foram impelidos devido à pandemia.