A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (07) a Operação Ganância, com objetivo de combater a extração, comércio ilegais de ouro, lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa em diversos estados. Entre os anos de 2019 e 2021, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 16 bilhões de reais em suas contas bancárias.
Ao todo, foram cumpridos 60 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva, nos estados do Acre, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e Mato Grosso.
As investigações da Operação Ganância começaram em fevereiro de 2021 após uma denúncia dizendo que empresas do ramo de saúde de Porto Velho (RO) estariam lavando dinheiro de valores recebidos em licitações fraudulentas.
Nas primeiras diligências, foi verificado que recursos ilícitos injetados em empresas da capital rondoniense eram oriundos de garimpo ilegal, praticado, pelo menos, desde 2012 pelos líderes da organização criminosa.
A partir de então, foi revelada uma movimentação de quantias bilionárias pelo grupo criminoso, com depósitos e saques milionários em espécie, empresas de fachada e transferências bancárias entre envolvidos.
Foram identificados diversos meios de lavagem de capitais praticados pela organização criminosa, com destaque entre os modus operandi, a criação de um criptoativo (token) próprio de uma das empresas, com a finalidade de justificar os valores advindos da extração ilegal do ouro nas empresas dos criminosos, como se fossem investimentos de terceiros interessados em receber dividendos.
A análise bancária feita pela Polícia Federal apontou ainda que, entre os anos de 2019 e 2021, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 16 bilhões de reais em suas contas bancárias.
Foi possível demonstrar que a mineradora investigada “esquentava” o ouro extraído ilegalmente de outros garimpos da região norte do país utilizando-se de licenças ambientais inválidas e extrapolando os limites da licença de pesquisa e da guia de utilização que possuía para o local.
Estima-se que o rendimento da empresa tenha sido de R$ 1,1 bilhão.
A Justiça Federal deferiu o bloqueio, sequestro e o arresto dos bens móveis e imóveis dos investigados até o limite de R$ 2 bilhões.
Fonte: Reporte MT
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