Polícia prende último investigado pela infecção de transplantados por HIV no Rio

Polícia prende último investigado pela infecção de transplantados por HIV no Rio

A polícia do Rio de Janeiro prendeu nesta quarta-feira (16) o último foragido investigado por erros que resultaram na infecção de transplantados por HIV. Cleber de Oliveira Santos tinha acabado de desembarcar no Aeroporto do Galeão, vindo do nordeste, quando foi levado pelos policiais para a delegacia. O biólogo chegou à Cidade da Polícia no fim da tarde e não quis falar com a imprensa.

O técnico de laboratório contratado pelo PCS Lab Saleme era responsável por fazer análise clínica no material que chegava da Central Estadual de Transplantes e, segundo as investigações, liberou o exame de um dos doadores de órgãos que causou a infecção por HIV em pacientes transplantados.

Outras três pessoas já estavam presas suspeitas de serem responsáveis por laudos incorretos. Uma delas é a auxiliar administrativa Jaqueline Bacellar de Assis, que foi levada para um presídio na manhã desta quarta-feira, onde aguarda audiência de custódia.

Em nota, a defesa disse que ela jamais entregou ao laboratório qualquer diploma como biomédica e nega que seja dela a assinatura em um dos laudos. Os advogados de Jacqueline dizem que a mensagem de texto apresentada pelo laboratório, com o envio do suposto diploma, é falsa e foi forjada, assim como documentos e laudos.

O dono do laboratório, Walter Vieira, e um outro técnico tiveram a prisão preventiva mantida.

O PCS Lab Saleme permanece interditado. O laboratório atendia 13 unidades de saúde no estado, a maioria em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, desde 2020.

De acordo com a prefeitura do município, o contrato foi prorrogado três vezes e atingiu um valor pago de mais de R$ 3,5 milhões até abril do ano passado. Com a interdição, outros dois laboratórios assumiram os laudos na cidade.

Já para atender a rede estadual de saúde, um processo de contratação emergencial foi aberto. E o segundo laboratório colocado no pregão assumiu as atividades.

Quem está à frente dessa contratação emergencial é a Fundação Saúde, ligada à Secretaria de Saúde Estadual. A entidade é a mesma suspeita de gerar prejuízo de R$ 400 milhões aos cofres públicos por irregularidades em contratos, conforme apontou uma auditoria do Tribunal de Contas do estado.

*Com informações SBT News

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