O governo de Mato Grosso informou, durante a tarde desta terça-feira, que finalizava as estratégias para começar a desobstrução das rodovias federais, conforme ordenado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, equipes da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Judiciária Civil e Corpo de Bombeiros devem participar das ações.
A decisão para liberar as rodovias foi definida em reunião realizada no Palácio Paiaguás. Em coletiva de imprensa, Bustamante informou que o uso da força será usado, se necessário, mas que o diálogo deve marcar a liberação das estradas no estado.
“A fase de desocupação passa por um planejamento, um diagnóstico, para saber como está. A gente vai negociando com todo mundo, porque tem muita gente que vai sair das estradas com negociação. Tem pontos que são mais frágeis, tem pontos que são mais fortes. É um movimento de pessoas que a gente vai negociar para desobstruir. Usando, se for necessário, o que não acredito que vai ser, a força para poder fazer a desobstrução”, contou Bustamante.
O superintendente da PRF em Mato Grosso, Francisco Elcio Lima Lucena, disse que a corporação está alinhada com o estado.
Bloqueios
Os bloqueios feitos por eleitores contrários ao resultado das eleições entraram no segundo dia. Os atos tiveram início na noite de domingo (30), após os resultados do segundo turno.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), até o momento, há 17 pontos de interdição nas rodovias federais do estado – entre elas, BR-174, BR-163, BR-158, BR-364, BR-070. A Concessionária Rota Oeste acompanha 12 pontos interditados em Sinop, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Várzea Grande, Sorriso, Rondonópolis, Cuiabá, Jaciara e Nobres.
Em trechos, os manifestantes têm liberado veículos com cargas perecíveis ou vivas, ambulâncias, ônibus e veículos de passeio com pessoas que têm compromissos médicos.
- Confira as rodovias e os pontos de bloqueio em Mato Grosso
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Os bloqueios têm causado desabastecimento de insumor e matéria prima em indústrias e frigoríficos, segundo a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).
“A situação é preocupante. Temos desabastecimento de matéria prima, insumos em muitas indústrias e também muitos frigoríficos e outras indústrias que deixaram de expedir seus produtos por conta da paralisação. Muitos fretes estão sendo negados e a situação de desabastecimento já é realidade em muitas cidades no nosso estado”, disse o presidente da entidade, Gustavo de Oliveira.
Fonte: g1