Professores voltam a protestar na Câmara de Manaus contra o PL da aposentadoria aos 75 anos

Professores voltam a protestar na Câmara de Manaus contra o PL da aposentadoria aos 75 anos

Manaus (AM) – Mais de 300 professores estiveram concentrados em frente à Câmara Municipal de Manaus (CMM) na manhã desta quarta-feira (1º) para protestar mais uma vez contra o Projeto de Lei (PL) nº 10/ 2025.

A proposta, que altera o regime previdenciário dos servidores municipais, estabelece a aposentadoria compulsória para a categoria apenas aos 75 anos de idade e impõe regras de transição consideradas rígidas pelos manifestantes.

Esta é a segunda vez em pouco tempo que a categoria para as atividades em advertência. O protesto ocorre porque, segundo a classe, porque as tentativas de arquivamento do projeto na CMM não tiveram sucesso, mesmo após um parecer contrário da Procuradoria Geral da Casa.

(Foto: Portal Tucumã)

Os pontos críticos do projeto

Além do aumento da idade mínima, que representa um acréscimo de 7 anos para mulheres e 5 anos para homens em relação às regras atuais, a proposta é alvo de críticas por diversos motivos:

  • Pedágio de 100%: As regras de transição preveem a cobrança de um pedágio sobre o tempo restante para aposentadoria, um mecanismo que praticamente inviabiliza a aposentadoria antecipada.
  • Redução de Benefícios: O projeto prevê uma redução de 30% no valor dos proventos (aposentadoria), um corte de 50% no valor das pensões dos cônjuges e limita a 10% o valor da pensão por filho.
  • Inconstitucionalidade: Representantes da categoria alegam que a Procuradoria Geral da CMM emitiu um parecer apontando a inconstitucionalidade do projeto, documento que, segundo eles, teria “sumido” da plataforma pública da Casa.

Categoria em estado de greve

(Foto: Portal Tucumã)

O Portal Tucumã esteve no local, e uma representante do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (ASPROM) foi enfática. Ela afirmou que a categoria já aprovou, em assembleia no dia 16 de setembro, um indicativo de greve.

“Nós não aceitamos que este projeto de lei venha nos prejudicar. Nós queremos o arquivamento deste projeto, que prejudica imensamente a nossa aposentadoria, Se este projeto de lei for aprovado, a categoria do magistério já está em indicativo de greve, e nós vamos deflagrar a greve”, declarou a sindicalista.

Os manifestantes questionam a necessidade da reforma, uma vez que, segundo eles, não foram apresentados documentos comprobatórios de que o fundo de previdência dos servidores, a ManausPrev, esteja com déficit.

Eles citam que nem os vereadores da Casa e nem as entidades sindicais tiveram acesso a esses dados, que seriam essenciais para justificar mudanças tão drásticas.

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