Sargento do Corpo de Bombeiros é preso suspeito de pilotar aeronave com 278 kg de cocaína
O terceiro sargento do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro Alberto Ribeiro Pinto Junior foi preso na noite de quarta-feira (4) suspeito de ser o piloto do helicóptero que transportava 278,51 kg de cocaína. Conforme a oitiva, ele alegou que foi obrigado a pilotar a aeronave, que foi encontrada caída no domingo (1°) em Poconé (a 100 km de Cuiabá).
Alberto foi encontrado por uma equipe do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso que estava combatendo um incêndio na região. Ele estava próximo ao local onde o helicóptero havia caído e alegou aos agentes que estava indo retirar peças da aeronave, no entanto não afirmou quem teria feito a solicitação.
Conforme a oitiva, o sargento estava debilitado e por este motivo os bombeiros desconfiaram que ele seria o piloto. Durante uma conversa, Alberto acabou confessando que estava pilotando a aeronave, mas alegou que teria sido obrigado.
Ele relatou que a carga da droga foi retirada em uma comunidade chamada Cambará, mas não soube especificar a localização. O sargento contou que ele havia sido obrigado por outra pessoa a buscar os entorpecentes e que posteriormente seria liberado. De acordo com informações locais, outra pessoa estava no helicóptero e continua desaparecida.
Algum tempo depois, os bombeiros encaminharam Alberto à delegacia da Polícia Civil. Durante o trajeto, o sargento teria feito uma proposta para que os agentes liberassem ele. O militar disse que não poderia ser preso, porque tem um filho com deficiência. Ele foi entregue à delegacia por crimes de tráfico ilícito de drogas e corrupção ativa.
Aeronave está em nome de policial
A aeronave que caiu está registrada no nome do policial civil Ronney José Barbosa Sampaio. Entretanto, em uma entrevista ao G1 do Distrito Federal, o agente alegou que vendeu o helicóptero no mês de maio.
Ainda conforme Ronney, o helicóptero foi vendido para um morador de Mato Grosso do Sul (MS).”Eu comprei ele [o helicóptero] tem um ano mais ou menos. Mas como eu não tinha dinheiro pra arrumar o documento dele, eu vendi. O recibo da venda do helicóptero foi feito em 25 de maio deste ano”, disse o policial civil ao G1.