Tenente do Corpo de Bombeiros é encontrado morto em caixa d’água na Capital
O tenente do Corpo de Bombeiros Antônio Claro, de 48 anos, morreu depois de se afogar em uma caixa d’água na residência onde mora na madrugada desta segunda-feira (27) em Cuiabá. O oficial é pai do aluno soldado Rodrigo Claro, de 21 anos, que morreu devido ao crime de maus-tratos cometido pela tenente Izadora Ledur de Souza Dechamps.
Segundo as informações, Antônio é um oficial reformado e não estava mais na ativa. O corpo dele foi encontrado durante a madrugada dentro da caixa d’água já sem vida.
Conforme a Polícia Civil, o tenente sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no dia 10 de dezembro e fazia uso de medicamentos controlados. Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte do tenente.
“É como a vida tem seus caminhos estreitos. Hoje Deus recebe mais uma estrela, tivemos alguns poucos momentos juntos mas que fizerem muita diferença em minha vida. Que Deus conforte o coração de toda a família.”, disse uma amiga.
“Sinceramente a ficha ainda não caiu. Parece que daqui a pouco vou te mandar uma msg de bom dia ou receber uma msg de bom dia como sempre fazíamos. Nos últimos anos vc era o meu conselheiro, meu amigo, sempre compartilhavamos os problemas pra um ajudar o outro. Mas infelizmente vc partiu repentinamente. Homem bondoso que deixava de fazer pra si próprio para ajudar o próximo. Tivemos excelentes momentos juntos e são esses que quero levar para a minha vida. Como disse algumas vezes que te amava e te amarei eternamente. Obrigado por tudo que fez por mim.”, lamentou um familiar.
Morte de Rodrigo Claro
A tortura contra Rodrigo ocorreu durante um treino de instrução na Lagoa Trevisan, na Capital, em novembro de 2016. O jovem fazia aula de instrução de salvamento quando passou mal. Rodrigo ficou em coma na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) de um hospital particular de Cuiabá e morreu cinco dias depois.
Desde a morte do aluno, a oficial foi afastada dos trabalhos e apresentou vários atestados médicos alegando problemas psicológicos. Neste ano, Ledur foi sentenciada pelo crime de maus-tratos contra o aluno soldado Rodrigo Claro. Ledur cumpre a pena de um ano de detenção em regime aberto e ainda recorre na Justiça pela absolvição