Terreiros de candomblé enviam carta a Lula criticando Anielle Franco: “Descaso total”

Terreiros de candomblé enviam carta a Lula criticando Anielle Franco: “Descaso total”

Representantes de 88 terreiros de candomblé de todo o Brasil enviaram, nesta sexta-feira (11), uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, expressando críticas à atuação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O documento, que aponta “fragilidades” na política do ministério em relação à comunidade do candomblé, foi enviado por meio de assessores do presidente.

Na carta, os representantes dos terreiros expressam preocupação com a falta de atenção da ministra para com as questões que envolvem o segmento. Eles afirmam que a atual gestão está desarticulando as políticas que foram iniciadas durante os governos anteriores de Lula e Dilma Rousseff. “Os terreiros que subscrevem manifestam-se com preocupação sobre a política do Ministério da Igualdade Racial para esse segmento, que encontrou o descaso total da ministra da pasta até agora”, destacam.

Os signatários do documento também denunciam a “má vontade na retomada de políticas relevantes” voltadas para os povos de terreiro. A carta menciona a “falta de diálogo” entre a ministra e os representantes das religiões de matriz africana, que são reconhecidas como Bens Materiais e Imateriais do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Além disso, os representantes afirmam que a ministra nunca visitou os terreiros, desmarcando encontros agendados após eventos. Essa ausência de comunicação é vista como um fator que dificulta a construção de uma política eficaz e inclusiva para as comunidades religiosas. “A falta de diálogo com os terreiros é um reflexo do desprezo por nossas práticas e tradições”, diz um dos trechos da carta.

Os terreiros também criticam o “baixo investimento orçamentário” destinado a políticas para os povos de terreiro, afirmando que a ausência de recursos compromete o fortalecimento das práticas culturais e religiosas. “É necessário um investimento significativo para que possamos manter vivas nossas tradições e garantir o respeito às nossas crenças”, argumentam.

A situação levanta questões sobre a representatividade e a efetividade das

Foto: Divulgação

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