Três em cada dez brasileiros já se endividaram por conta de namorado

Três em cada dez brasileiros já se endividaram por conta de namorado

Manaus – Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (12), no Dia dos Namorados, investigou a relação entre o amor e as finanças. O estudo abre espaço para discussão sobre os cuidados necessários entre namorados, cônjuges e parceiros casuais, a fim de evitar problemas financeiros durante a data comemorativa e, principalmente, ao longo do relacionamento.

De acordo com o levantamento realizado pelo Instituto Opinion Box, 32% dos entrevistados já se endividaram em algum momento da vida por causa de um parceiro, e 25% revelaram ter recorrido a crédito motivados pela pessoa amada. Além disso, 15% dos respondentes também contam que compraram um presente e terminaram o relacionamento antes do Dia dos Namorados.

Valéria Meirelles, Psicóloga do Dinheiro, explica que esse é um fenômeno comum no início do relacionamento, em que casais frequentemente disfarçam sua verdadeira situação financeira para se adequar ao outro. “O estágio inicial de paixão afeta a razão e faz a pessoa se mostrar muito mais emocional, chegando a acreditar que vale qualquer esforço para seduzir o parceiro – inclusive, recorrer a um empréstimo”, diz.

A chave para evitar problemas amorosos e financeiros, de acordo com Valéria, é a comunicação aberta. “É importante ter consciência de que a paixão dura pouco e estamos falando de um período de idealização, em que um tenta se mostrar para o outro em seu melhor, mesmo que não tenha condições para tal. Porém, uma relação mais estável só se fortalece se o casal falar sobre dinheiro desde o início, a partir de situações básicas: caso um não possa ir a um restaurante mais caro ou tenha um orçamento específico para o presente, por exemplo”.

Nesse sentido, amor e finanças caminham juntos, e a educação financeira pode ser uma importante ferramenta para unir ainda mais os casais além das datas comemorativas. “Quebrar esse tabu de falar sobre dinheiro é um ato de maturidade, para cada um ter clareza do limite financeiro do outro e construir um limite econômico da relação. Ou seja, não é um ato antirromântico, mas que ajuda a construir uma base sólida para uma relação em que ambos cresçam financeiramente”, conclui Valéria.

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