Trump ameaça abandonar negociações por cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia

Rubio deixou claro que o governo Trump está perdendo a paciência com o impasse: “Precisamos determinar muito rapidamente, estou falando de dias, se um acordo é possível. Se for, estamos dentro. Se não, temos outras prioridades”, afirmou o secretário de Estado, em tom que reflete a frustração da Casa Branca com a lentidão do processo.

A postura reforça a promessa feita por Trump durante sua campanha presidencial, quando garantiu que acabaria com a guerra “em menos de 24 horas”. No entanto, após meses de negociações, o plano de paz americano — que exigiria da Ucrânia a cessão de territórios ocupados pela Rússia e direitos sobre recursos minerais — enfrenta resistência de Kiev e ambiguidade de Moscou.

O presidente Volodymyr Zelensky já havia se desentendido publicamente com Trump em fevereiro, rejeitando a proposta que considera uma “capitulação”. Embora não tenha rejeitado formalmente o plano, Vladimir Putin intensificou ataques militares nas últimas semanas, ampliando ocupações no leste ucraniano.

Aliados da OTAN temem que a saída dos EUA das negociações deixe a Ucrânia em posição ainda mais frágil.

Analistas veem a declaração como um movimento para pressionar ambas as partes, mas advertem: sem flexibilidade, o risco de colapso nas tratativas é real. “Trump quer um acordo rápido, mas paz exige mais do que prazos. É preciso disposição para ceder — e nem Kiev nem Moscou parecem dispostos”, avalia o especialista em segurança internacional Richard Haas.

Enquanto isso, civis ucranianos pagam o preço. Nesta semana, ataques russos a Kharkiv deixaram mais de 50 mortos, incluindo crianças.