O título da Copa Verde 2020 é do Brasiliense. No final da tarde desta quarta-feira (24), em Belém, o Jacaré superou o Remo nos pênaltis, por 5 a 4, após vitória remista por 2 a 1 no tempo normal, resultado que igualou o placar agregado em 3 a 3 – no jogo de ida, em Brasília, o Jacaré vencera também também por 2 a 1. A conquista é inédita na história do clube do Distrito Federal, que chegou à final pela primeira vez e atuou boa parte do segundo tempo com um homem a menos. A partida no estádio Mangueirão foi transmitida ao vivo pela TV Brasil.
Com o título, o Brasiliense foi agraciado com três troféus: um tradicional; outro vivo, com uma muda que será plantadas na sede do clube; e um terceiro de madeira certificada, confeccionado pelo artista plástico Paulo Alves. O resultado garante ao campeão um lugar automático na terceira fase da Copa do Brasil de 2021 – o que já assegura uma premiação no valor de R$ 1,5 milhão, concedida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O Real Brasília, terceiro colocado na edição 2020 do Campeonato do Distrito Federal, herda a vaga na primeira fase que seria do Jacaré.
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É o segundo vice-campeonato do Remo na história da Copa Verde. Os paraenses foram derrotados na final de 2015 pelo Cuiabá. Ao mesmo tempo, foi a segunda vez que uma equipe brasiliense levou a melhor sobre uma do Pará, nos pênaltis, em uma decisão do torneio regional. Em 2014, na primeira edição da competição, o Brasília superou o Paysandu na disputa na marca da cal.
Foi o último duelo no Mangueirão, pelo menos, até o ano que vem. O principal estádio de Belém será fechado para uma reforma que o adaptará aos padrões exigidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para jogos internacionais. A capacidade será expandida de 35 mil para 55 mil pessoas. Segundo o Governo do Estado do Pará, a obra está avaliada em R$ 160 milhões, com estimativa de 18 meses de obra.
Jacaré segura pressão
Os primeiros 45 minutos no Mangueirão foram de domínio total do Remo. O gramado pesado, devido à chuva que desabou sobre Belém pouco antes do jogo começar, dificultou a troca de passes. A sensação era de que a rede só balançaria em alguma bobeada defensiva ou na bola parada. Não deu outra. Aos 10 minutos, o Remo abriu o placar. O meia Felipe Gedoz lançou, o volante Sandy errou na tentativa de corte e o atacante Hélio bateu na entrada da área, mas o goleiro Edmar Sucuri fez a defesa. Quinze minutos depois, não teve jeito. Felipe Gedoz cobrou falta na área, próximo à trave direita, e o zagueiro Fredson, com liberdade, cabeceou para o gol.
O Brasiliense só conseguiu assustar pela primeira vez aos 42 minutos, em chute de Zé Love, que passou rente ao travessão. Na outra oportunidade que teve, no começo do segundo tempo, o atacante não perdoou. Aos quatro minutos, o lateral Diogo cruzou pela direita e o camisa 9 surgiu às costas do zagueiro Rafael Jansen, escorando de cabeça e deixando tudo igual. Dez minutos depois, porém, um mesmo lance dificultou a vida do Jacaré. Ao cometer uma falta, o lateral Wagner Balotelli recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Felipe Gedoz cobrou o tiro livre e Rafael Jansen, na grande área, se redimiu ao recolocar o Leão Azul na frente.
Clube do Distrito Federal (amarelo) chegou à final da Copa Verde pela primeira vez e atuou boa parte do segundo tempo com um homem a menos – Samara Miranda/Remo/Direitos Reservados
O jogo se tornou ataque remista contra defesa brasiliense. O técnico do Jacaré, Vilson Tadei, recuou a equipe ao substituir os quatro principais homens de frente – os meias Luquinhas e Zotti e os atacantes Maicon Assis e Zé Love – para compensar a perda de Balotelli. No Remo, por sua vez, o técnico Paulo Bonamigo promoveu a entrada dos atacantes Dioguinho, Tiago Miranda e Laílson. A pressão azulina foi grande. Aos 33 minutos, Hélio fez fila pela esquerda e tocou para Dioguinho girar na área e chutar no travessão. Na sequência, Edmar Sucuri salvou uma finalização de Tiago Miranda. Aos 42, Dioguinho cruzou da direita e Laílson, de coxa, mandou ao lado.
Em meio à pressão remista, o Brasiliense teve a última grande chance do jogo, com Jéferson Maranhão, após um cruzamento pela esquerda do lateral Peu, mas a finalização, mesmo com liberdade, foi para fora. Com o 2 a 1 inalterado, a decisão foi nos pênaltis. O meia Lucas Siqueira desperdiçou a segunda batida remista, defendida por Edmar Sucuri, mas o Jacaré não aproveitou, pois Sandy teve o chute salvo pelo goleiro Vinícius. O placar seguiu igual até a sexta série de cobranças, quando Diogo fez o quinto gol brasiliense e o azulino Wellington Silva mandou por cima, para explosão de alegria do elenco do Distrito Federal.
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