Vitória à moda Corinthians dá moral, mas não pode esconder escolhas ruins contra lanterna
Nada poderia ser mais Corinthians do que uma vitória no último lance de um jogo sofrido, o primeiro com 100% da capacidade de público da Neo Química Arena preenchida desde o retorno da torcida. Roteiro de torcida. Roteiro de um reencontro quase perfeito, seguido à risca por Róger Guedes, herói da noite desta segunda-feira no 1 a 0 contra a Chapecoense.
O problema é justamente o rival. Lanterna do Campeonato Brasileiro e, até esta 29ª rodada, dono de apenas uma mísera vitória na competição. Time com sentença praticamente carimbada à Série B em 2022, mas time também digno de um jogo de objetivos claros e pretensas boas chances.
A vitória corintiana, portanto, não pode mascarar alguns vacilos cometidos até mesmo antes do apito inicial soar no gramado. Da escalação à falta de criatividade, o Timão vai precisar de mais para bater de frente com o Fortaleza na próxima rodada, em confronto direto não pelo G-6, mas já pelo G-4.
Criticado desde antes de a bola rolar pelas atuações e resultados irregulares do Corinthians nas últimas rodadas, Sylvinho optou pela escalação de dois volantes contra a lanterna Chapecoense. Um deles com fama de “brucutu”, Gabriel. Na prática, a escolha do técnico mostrou-se ruim.
Gabriel, cuja função majoritária é proteger a defesa, ficou praticamente sem utilidade diante de uma Chape que pouco atacou na etapa inicial. À exceção de chute de Mike, aos 44, defendido de raspão por Matheus Donelli e pela trave direita do goleiro.
A prova da escolha equivocada foi a alteração no intervalo: sacando Gabriel para a entrada de Gustavo Mosquito e alterando um pouco a configuração da equipe. Não sem antes o outro volante, Du Queiroz, protagonizar bom primeiro tempo, com movimentação e chegadas à frente.
Da Redação