Criança sofre grave acidente em brinquedo giratório recém-inaugurado
Na última terça-feira (3/9), Maria Helloisa de Souza, de apenas 9 anos, sofreu um grave acidente em um brinquedo giratório na Praça Central de Santa Maria. A menina teve o couro cabeludo parcialmente arrancado após seu cabelo ficar preso em parafusos expostos na estrutura do brinquedo, o que resultou em um severo escalpelamento.
Maria Helloisa foi prontamente levada ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde passou por uma cirurgia plástica para tentar restaurar o couro cabeludo. A lesão, que se estendeu da região das sobrancelhas até a nuca, ainda está sendo analisada pelos médicos. Segundo a mãe da criança, Ana Beatriz de Souza, apesar dos esforços da equipe médica, o ferimento é extenso e o couro cabeludo precisa ser regenerado.
“O ferimento é bem grave. Os médicos não tinham muito o que fazer. Não perdeu o couro cabeludo todo, eles conseguiram ainda recuperar um pouco. Porém, esse couro cabeludo tem que ser regenerado porque não está recebendo nenhum sangue, nem nada”, relatou Ana Beatriz, em entrevista.
Além do escalpelamento, Maria Helloisa sofreu lesões em um dos olhos, que também precisou de cirurgia. A equipe médica recomendou o uso de câmara hiperbárica para auxiliar na cicatrização, mas o tratamento não está disponível na rede pública de saúde. Diante disso, a família organizou uma vaquinha on-line para custear as sessões.
**Brinquedo recém-inaugurado e retirada de equipamentos**
O brinquedo onde ocorreu o acidente foi inaugurado há apenas 15 dias e era adaptado para crianças com deficiência. Segundo o administrador de Santa Maria, Josiel França, o parque infantil era novo, mas já apresentava sinais de desgaste. Imagens gravadas por moradores mostram que outro brinquedo semelhante, em outra parte da cidade, também estava com peças soltas.
Na manhã seguinte ao acidente, os brinquedos foram retirados pela empresa responsável pela fabricação e instalação como medida preventiva. “A fim de evitar novos acidentes”, afirmou a administração local, que garantiu estar prestando assistência à família e investigando o caso.
França também destacou a necessidade de supervisão adulta durante o uso do brinquedo, afirmando que placas no local indicam a obrigatoriedade dessa orientação. “É um brinquedo inclusivo, tem que ter a participação de um adulto ali próximo da criança. Não pode deixar a criança, de fato, ir sozinha para um parque”, disse.
Família pede ajuda para tratamento especializado
Ana Beatriz, mãe de Maria Helloisa, está passando por uma situação delicada. Além de cuidar da filha acidentada, ela é mãe solteira e tem um bebê de 2 anos. Desesperada, ela conta que precisou enviar o filho mais novo para a casa de sua irmã, que mora longe, pois não tem condições de cuidar de ambos sozinha.
Uma vaquinha on-line foi criada para arrecadar fundos para o tratamento de Maria Helloisa.