Entenda como advogado usou profissão para tentar abusar de jovem em Coari

Manaus (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) divulgou, nesta segunda-feira (14), o resultado de uma operação realizada pela Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, com apoio do Departamento de Polícia do Interior (DPI), que resultou na prisão de um advogado de 34 anos. Ele é investigado por tentativa de estupro e pelo crime de tergiversação — quando o advogado atua de forma incompatível com a função, ao representar partes com interesses opostos.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido no domingo (13), no bairro Alvorada, zona centro-oeste de Manaus. Durante a ação, também foram realizadas buscas e apreensões no local.
Segundo o delegado Paulo Mavignier, diretor do DPI, o advogado teria se aproveitado das prerrogativas da profissão para cometer os crimes contra uma jovem de 20 anos. “A ação reforça o compromisso da Polícia Civil no combate à violência, especialmente contra a mulher”, disse Mavignier, elogiando o trabalho da equipe de investigação da DIP de Coari.
Crime
Conforme o delegado José Barradas, titular da unidade policial, o crime foi praticado em agosto de 2024, em Coari, quando a vítima contratou os serviços jurídicos do suspeito para defender o seu companheiro, que foi preso por roubo majorado. Ele roubou o celular da mãe do advogado, todavia, a companheira do autor não sabia quem era a vítima.
“A jovem procurou o escritório do advogado em Coari, ocasião em que eles acertaram um valor de R$ 5 mil pelo serviço. No mesmo dia, o companheiro da vítima participou da audiência de custódia, onde a prisão em flagrante foi convertida em preventiva, e quem o defendeu foi um defensor público e não o advogado contratado pela jovem”, contou o delegado.
Segundo o delegado, na noite daquele dia, o advogado foi até a casa da vítima e a ludibriou, alegando que o companheiro dela ainda não tinha participado da audiência de custódia e que aceitava defendê-lo. Então ele pediu que ela fosse com ele no carro até o escritório para acertar mais detalhes da assistência jurídica.
“Durante o caminho, ele ficou rodando com ela pela cidade, explicando que o companheiro dela não ia ficar preso, sendo que ele já estava com a prisão preventiva decretada e já tinha sido feita audiência de custódia. Em determinado momento, ele fez um movimento brusco e entrou em um motel, onde tentou abusar sexualmente da jovem”, explicou o delegado.
De acordo com o delegado, a vítima entrou em luta corporal com o suspeito para evitar o estupro, mas ele ainda conseguiu praticar atos libidinosos contra ela.
“A jovem conseguiu fugir e seguiu direto para a delegacia de Coari para denunciá-lo, ocasião em que descobriu quem era a vítima do roubo. As investigações apontaram que, na verdade, o advogado não queria o dinheiro da jovem, mas sim ter relação sexual com ela”, falou o delegado.
Segundo o delegado, além da tentativa de estupro, o advogado vai responder pelo crime de tergiversação, que ocorre quando o advogado faz um contrato com as duas partes contrárias, que é proibido por Lei.
“Durante as investigações, a vítima também procurou o Ministério Público do Amazonas (MPAM). Ela foi ouvida, apresentou toda a documentação e o Ministério Público requisitou a instauração do Inquérito Policial (IP). A jovem passou por exames de corpo de delito e de conjunção carnal, por meio dos quais foram constatadas lesões nas partes íntimas dela”, mencionou o delegado.
Conforme o delegado, o advogado, ao saber da instauração do procedimento criminal, tentou atrapalhar as investigações, ameaçando a vítima e a autoridade policial.
“Ele utiliza de terceiros para atacar a autoridade policial, para tentar intervir na investigação, mas já estamos tomando as medidas cabíveis em torno disso. O advogado tem mais de 13 processos criminais na Justiça, pelos mais variados crimes, inclusive eleitorais”, disse o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, o advogado também tem envolvimento em um furto de mais mil litros de combustível, apreendidos pela Polícia Militar do Amazonas (PMAM), durante patrulhamento no lago de Coari. Ele foi o advogado do suspeito que furtou o combustível.
“O material ficou guardado e lacrado em um flutuante, já que não era possível deslocá-lo para a delegacia por ser inflamável. A Comarca de Coari determinou que o material fosse doado para uso da Polícia Militar, entretanto, quando a guarnição chegou ao local para pegar o combustível, o vigilante falou que o advogado tinha vendido o combustível, mesmo sabendo que ele estava apreendido”, explicou o delegado.
O delegado informou, ainda, que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já foi comunicada que o advogado utilizou das prerrogativas de advogado para cometer os crimes.
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