Hospital Albert Einstein inaugura Centro de Inovação em Manaus

Hospital Albert Einstein inaugura Centro de Inovação em Manaus

O Hospital Albert Einstein inaugurou hoje (17) seu novo Centro de Inovação em Manaus, reafirmando seu compromisso em promover equidade através de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias que ampliem o acesso e a qualidade dos serviços de saúde, atendendo principalmente às necessidades locais.

O foco dessa unidade será o desenvolvimento de projetos relacionados à inteligência artificial, telemedicina e análise de dados, utilizando os benefícios da Lei da Informática na Amazônia (8.387/1991). Além disso, serão realizadas abordagens inovadoras para investigar os impactos das mudanças climáticas na saúde, especialmente em comunidades remotas e vulneráveis, e promover o empreendedorismo na área da saúde, incentivando a criação de startups e apoiando projetos que contribuam para o avanço dos serviços de saúde.

“Nosso compromisso é continuamente ajudar a superar o desafio de ampliar o acesso a serviços de saúde de qualidade para um número maior de pessoas”, afirma Sidney Klajner, presidente do Einstein. “O Centro estará focado, entre outros projetos, em desenvolver soluções inovadoras que reduzam as desigualdades”, complementa.

Este será o quarto Centro de Inovação do Einstein no país, que já possui estruturas em São Paulo e Goiânia. A escolha de Manaus se deve ao seu potencial de desenvolvimento tecnológico e à sua bioeconomia, que oferecem oportunidades únicas para inovações que promovam a interseção entre a biodiversidade e a saúde humana. “Ao estabelecer mais um centro, não apenas ampliamos a abrangência do nosso ecossistema de inovação, mas também o conectamos ao potencial desenvolvimento relacionado à biodiversidade local e sua preservação”, destaca Henrique Neves, diretor-geral do Einstein.

Projetos em andamento

A região Norte do Brasil ainda enfrenta desafios relacionados à falta de especialistas médicos e às complexidades socioeconômicas e geográficas, que dificultam o acesso aos serviços de saúde. Um exemplo disso é o alto índice de mortalidade materna, que, segundo o Relatório Luz da Sociedade Civil da Agenda 2030, foi de 150 mortes para cada 100 mil mulheres em 2021. O relatório aponta que a maioria dos óbitos ocorreu no período pós-parto e resulta de problemas crônicos, como a baixa qualidade do cuidado pré-natal, a falta de leitos adequados e a dificuldade de acesso. “Nesse sentido, o Centro do Einstein em Manaus busca desenvolver projetos que abordem os desafios enfrentados pela população local”, afirma Rodrigo Demarch, diretor executivo de Inovação do Einstein.

Entre as iniciativas em andamento, com o apoio da Fundação Bill e Melinda Gates, destaca-se a implementação de um projeto de telemedicina voltado para a identificação precoce de casos de gravidez de risco. O sistema “ouve” as informações e queixas da paciente e, utilizando inteligência artificial generativa baseada em Modelos de Linguagem Grandes (Large Language Models – LLM), sugere perguntas para auxiliar o profissional durante o atendimento. Dentre as inteligências artificiais testadas, algumas estão sendo “reentrenadas” pela equipe de ciência de dados do Einstein, utilizando um banco de informações científicas, como protocolos e boas práticas assistenciais, selecionados por especialistas da instituição. Essa ferramenta está sendo utilizada em um contexto de pesquisa e o projeto está em andamento desde setembro de 2023.

Com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), outro projeto envolve a criação de um algoritmo de diagnóstico de leishmaniose. Essa ferramenta, que funciona offline, utiliza fotos de lesões de pele para facilitar o rastreamento da doença em áreas remotas com recursos de saúde limitados. A pesquisa será realizada em colaboração com a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, em Manaus.

Além dessas iniciativas, para fomentar a criatividade e a inovação na área de bioinformática, o Centro implementou um programa de 12 meses que concederá 20 bolsas de incentivo para o desenvolvimento de ideias inovadoras, com o apoio do Grupo Bemol e da Universidade doEstado do Amazonas (UEA). O objetivo é impulsionar a pesquisa e a tecnologia na região. Os bolsistas passarão por capacitações em diversos temas, incluindo propriedade intelectual, biodesign e modelos de negócios.

O Centro já possui uma equipe dedicada e é credenciado pelo Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (CAPDA), conforme previsto pela Lei da Informática da Amazônia (8.387/1991).

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