Mãe de Isabele classifica como inconcebível soltura de assassina da filha

A empresária Patrícia Hellen Guimarães, mãe de Isabele Ramos Guimarães que foi morta aos 14 anos pela amiga, classificou nas redes sociais como inconcebível a soltura da assassina da filha na quarta-feira (8). A mãe ainda pontuou que Isabele foi morta sem qualquer chance de defesa. A assassina da adolescente estava internada no Complexo Lar Menina Moça, em Cuiabá, desde o dia 19 de janeiro de 2021.

“Estou indignada, surpresa, aflita. Minha filha não foi morta com uma arma com gatilho simples mas uma arma que teve que ser municiada, alimentada e carregada e a atiradora sabia disso”, afirmou Patrícia.

Ainda na postagem, a mãe reforçou que a filha foi assassinada com um tiro no rosto e não teve nenhuma chance defesa. A assassina respondia pelo crime análogo ao de homicídio doloso.

Entretanto, durante uma votação na Terceira Câmara Criminal o crime foi desqualificado e alterado para homicídio culposo.

“Desqualificar esse crime de doloso para culposo é inconcebível! Não vou me calar diante de tanto absurdo”, finalizou.

ENTENDA O CASO

A responsável pelo tiro que matou Isabele foi internada no dia 19 de janeiro de 2021, após decisão da juíza da 2ª Vara Especializada da Infância e da Juventude de Cuiabá, Cristiane Padim da Silva.

Em julho de 2020, a atiradora havia recebido seu namorado, que levou a arma do crime, e Isabele. Ela atirou na amiga depois que o namorado deixou a residência, localizada no condomínio de luxo Alphaville.

O adolescente, à época com 16 anos, teria deixado a arma na casa da namorada por medo de ser pego em uma blitz. Ele, assim como a menor que matou a amiga, era praticante de tiro esportivo.

A defesa da atiradora sustenta a tese de que o tiro foi acidental e que a arma teria escorregado da mão da adolescente. Na decisão que determinou a internação dela, no entanto, a juíza Cristiane Padim da Silva disse que a adolescente agiu com “frieza, hostilidade, desamor e desumanidade”.