O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), cobra posicionamento da Câmara de Vereadores quanto ao parlamentar tenente-coronel Paccola ( Republicanos). O policial matou o agente Alexandre Miyagawa Barros,41, a tiros, na sexta-feira (1). Em entrevista, nesta segunda-feira (4), o chefe do Executivo disse que é contra armamento e que a conduta do vereador se mostra “um ato de execução”.
O prefeito ainda não tinha se pronunciado publicamente sobre o fato e, em evento, afirmou que tem acompanhado o caso pela imprensa e defende que o culpado seja punido “doa a quem doer”.
“Estou no mesmo nível emocional que a população cuiabana. Acompanhando tudo pela mídia. É um crime que precisa ser apurado. Cada dia que passa isso deixa de ser um ato de heroísmo e passa a ser uma de execução”, afirmou.
Ele ainda ponderou que acredita no trabalho da Polícia Civil e Ministério Público Estadual (MPE) para que o vereador receba o devido tratamento na esfera criminal, mas exige que o Parlamento municipal também faça sua parte no que tange o aspecto político.
“Morto não fala. Não pode se defender. A defesa cabe aos amigos e parentes. Uma foi família destruída e isso se torna mais grave ainda por ser um vereador da Capital. Isso precisa ser esclarecido e a Câmara precisa se posicionar. O culpado deve ser punido com o rigor da lei, doa a quem doer”, cobrou.
Questionado sobre liberação de armamento à população, amplamente defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, o prefeito se declarou totalmente contra. Ele cita o desarmamento é necessário ao povo brasileiro.
“Eu sou contra armamento. Sempre me posicionei contrário. Armamento desemboca na situação que vimos aí. Um servidor que perdeu a vida de forma trágica e traiçoeira. Não me sai da cabeça a cena dele estirado no chão. Penso no que a família sentiu, os entes queridos sentiram ao ver aquela pessoa. […] O desarmamento é uma necessidade para o povo brasileiro”, enfatizou.
O caso
O homicídio ocorreu na noite de sexta-feira (1), no bairro Quilombo, em Cuiabá. A vítima foi atingida por ao menos 3 tiros e morreu ainda no local. Paccola esperou a polícia no local, assim como o trabalho de perícia. Ele foi ouvido pelo delegado da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e liberado em seguida.
Ele alega que agiu em legítima defesa e que a vítima estava armada. Fato que é refutado pela namorada do agente, Janaína Sá, que frisa que o homem estava com a arma na cintura, celular e chaves nas mãos.
Fonte; GD
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