“Minha filha saiu de casa para fazer um bolo e sai de lá carregada pelo IML”. A fala é de Patrícia Ramos, mãe da adolescente Isabeli Guimarães Ramos, 14 anos, que morreu após ser atingida com um tiro na cabeça, supostamente, acidental, no último domingo (12), no condomínio de luxo Alphaville I, no bairro Jardim Cuiabá I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.
Em entrevista ao Fantástico que foi ao ar neste domingo (19), a mãe da jovem relatou que não sabia que o empresário Marcelo Martins Cestari, 46 anos, pai da adolescente que estava com a pistola 380 na hora da morte de Isabeli, possuía um “arsenal” de armas em sua casa.
“Eu sabia que eles eram todos praticantes de tiros. Mas, eu não sabia que eles tinham um arsenal de armas em casa. Muito menos, eu sabia que armas circulavam na casa de forma deliberada, muito menos armas carregadas, senão, eu nunca teria deixado a minha filha frequentar a casa deles. Minha filha saiu de casa para fazer um bolo e voltou carregada pelo IML”, disse a mulher na entrevista.
Em depoimento prestado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHP), dois dias depois do crime, a adolescente afirmou que a arma caiu e disparou sozinha. Por outro lado, Patrícia disse que não acredita na tese apresentada pela menor.
“Eu não acredito nisso (na versão da adolescente). Eu não estou desmentindo o depoimento dela, mas eu, como mãe, não compreendo de armas, mas acho isso pouco provável. Como o disparo aconteceu justo na cabeça da minha filha? Não poderia ter sido em um braço, na perna?”, perguntou Patrícia.
De acordo com o delegado Wagner Bassi da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) afirmou que as de atirados possuem um sistema de tiro mais “mole”. No entanto, a autoridade não confirmou que era caso da arma que matou Isabeli.
“A pistola era modificada, tinha uma alteração para participar de campeonatos. Dessa forma, eles tinham mexido no gatilho e o acionamento dela, era um pouco mais mole. Agora a gente vai verificar se essas alterações permitiram o disparo acidental”, disse o delegado.
Bassi, de acordo com a Polícia Civil, investiga a atuação da menor na morte de Isabeli. Já a suposta negligência de Marcelo será investigada pela Delegacia Especializada de Direito da Criança e do Adolescente (Deddica).
Fonte: Hiper Notícias
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