Lagoa dos Patos inunda bairros e RS já tem mais de 400 mil fora de casa por causa das chuvas

Lagoa dos Patos inunda bairros e RS já tem mais de 400 mil fora de casa por causa das chuvas

A situação climática no Rio Grande do Sul continua preocupante, com mais de 400 mil habitantes afetados pela atual catástrofe meteorológica. De acordo com dados divulgados pela Defesa Civil nesta sexta-feira, 10, há 337.116 pessoas desalojadas e outras 69.617 abrigadas. Esse aumento no número de afetados pelas enchentes coincide com o aumento do nível da Lagoa dos Patos e a queda nas temperaturas no Estado.

Um alerta emitido pela Defesa Civil na noite de quinta-feira (9) instou os residentes em áreas próximas à lagoa, bem como aqueles em regiões historicamente suscetíveis a alagamentos e inundações, a deixarem suas casas preventivamente em busca de abrigo seguro. Em municípios como Rio Grande, diversos bairros estão submersos, e as principais vias ao redor do centro histórico foram bloqueadas.

O nível da lagoa tem crescido nos últimos dias, atingindo a marca de 1,84 metros às 16h de quinta-feira em Rio Grande, de acordo com dados do Serviço Geológico do Brasil.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), juntamente com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), também emitiram uma nota técnica na quinta-feira, alertando para os riscos geo-hidrológicos, especialmente na região da Lagoa dos Patos, que recebe águas dos rios e do Guaíba.

Segundo os órgãos, a chegada de uma frente fria por Santa Catarina e a entrada de ar frio pelo Rio Grande do Sul resultaram em uma queda nas temperaturas no Estado e mudança nos ventos, dificultando o escoamento da água da lagoa em direção ao oceano. Assim, a preparação para inundações graduais nas regiões de Pelotas, Rio Grande e arredores deve ser intensificada.

Além disso, as temperaturas mínimas registradas variam de 4°C a 8°C nas regiões mais ao Sul do Estado, enquanto nas demais áreas variam de 10°C a 15°C. O frio representa um desafio adicional diante da tragédia climática, aumentando o risco de hipotermia para aqueles que ainda não foram resgatados.

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