Veja como as mudanças climáticas afetaram o DF nos últimos 60 anos

Veja como as mudanças climáticas afetaram o DF nos últimos 60 anos

O Distrito Federal está enfrentando uma situação de aumento das temperaturas, diminuição das chuvas e risco de eventos climáticos extremos, conforme apontado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Segundo análises baseadas nos registros da estação meteorológica de Brasília desde 1961, foi observado um aumento médio anual de temperatura de 1,6°C, enquanto a quantidade de chuva diminuiu em 144 milímetros durante o mesmo período, representando uma média anual de redução de 2,3 mm.

Essas mudanças são atribuídas às transformações climáticas e ao crescimento urbano, que inclui a expansão de áreas asfaltadas, perda de vegetação e aumento da frota de veículos, conforme destacado pela meteorologista Danielle Ferreira, do Inmet.

A temperatura média anual do DF é de 21,4°C, com um aumento notável a partir da década de 1990. Os meses mais quentes, como outubro, registraram um aumento de 1,5°C, atingindo 23,1°C. Além disso, a umidade relativa do ar está abaixo da média histórica de 64%, com os anos mais secos observados em 2007, 1963 e 2002.

A redução das chuvas, especialmente durante a primavera e nos meses de janeiro e fevereiro, está afetando o abastecimento dos reservatórios de água, aumentando o risco de secas e racionamentos. Os anos mais secos desde 1961 foram 1986, 2023 e 1984.

Além disso, o aumento da temperatura pode resultar em chuvas mais intensas, potencializando o risco de alagamentos e dificultando a formação de nuvens de chuva devido à formação de massas de ar seco no Brasil Central.

Diante desse cenário, o Ministério Público do DF e dos Territórios (MPDFT) organizou o seminário “Extremos climáticos e desastres no Distrito Federal”, buscando criar uma sala de situação e um fórum permanente para questões ambientais, além de cooperação contra a grilagem de terras.

O GDF informou sobre as medidas em curso para mitigar os riscos de catástrofes climáticas, incluindo o desenvolvimento de infraestrutura viária, revitalização de áreas de preservação, incentivo a práticas conservacionistas e parcerias em projetos de proteção de bacias hidrográficas e adoção de energias renováveis na área rural.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *