Presidente do Irã morre em queda de helicóptero

Presidente do Irã morre em queda de helicóptero

Um trágico acidente de helicóptero ocorreu no domingo (19) na província do Azerbaijão Oriental, resultando na morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi. A notícia foi confirmada pelo porta-voz do governo, Ali Jahromi, nas primeiras horas da segunda-feira (20). Além de Raisi, o acidente também vitimou o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, e outras autoridades que estavam a bordo da aeronave.

O helicóptero estava sobrevoando a província iraniana quando o piloto foi forçado a fazer um pouso de emergência em uma área remota, caracterizada por montanhas, florestas e densa neblina. Poucas horas depois, os destroços da aeronave foram localizados, evidenciando a gravidade do acidente. Imagens capturadas por drones revelaram que o helicóptero estava completamente carbonizado.

Relatos da mídia local sugeriram que o pouso de emergência ocorreu devido às condições climáticas adversas. No entanto, a causa oficial do acidente ainda não foi divulgada.

Além de Raisi e Amirabdollahian, o helicóptero transportava o governador da província do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati, o líder religioso Hojjatoleslam Al Hashem e guarda-costas. Embora as mortes não tenham sido oficialmente confirmadas, equipes de resgate anteriormente afirmaram que não havia “sinal de vida” na aeronave ou no local do acidente.

A comunidade internacional acompanhou de perto as operações de busca. Países como Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Kuwait ofereceram assistência, assim como a Turquia, que enviou 32 socorristas para auxiliar nas operações. Os governos dos Estados Unidos e do Brasil também manifestaram seu acompanhamento atento das informações sobre o acidente.

O governo liderado por Ebrahim Raisi enfrentou diversos desafios desde 2022, incluindo a conturbada situação após a morte de Mahsa Amini. A jovem foi presa por violar as regras do uso do hijab (véu obrigatório no país), ao exibir partes do cabelo. Ela faleceu três dias após ser detida, supostamente devido a espancamentos, o que desencadeou uma onda de protestos violentos em todo o país.

Raisi enfatizou a necessidade de lidar de forma enérgica com aqueles que se opõem à segurança e à tranquilidade do Irã durante essa crise. Os protestos resultaram na morte de mais de 500 manifestantes e no aprisionamento de milhares de pessoas. Pelo menos dois jovens foram executados pelo governo devido à participação nos protestos.

Após a morte de Raisi, espera-se que o vice-presidente, Mohammad Mokhber, assuma temporariamente o comando do país. Um conselho composto pelo primeiro vice-presidente, pelo presidente do Parlamento e pelo chefe do Judiciário será formado para organizar uma eleição presidencial no prazo máximo de 50 dias.

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